MULHER NUMA CRÔNICA

Seria impossível lembrar o primeiro contato com a mulher. Imagino que tenha sido minha mãe. Certamente, teve a paciência necessária até que o corpo foi conseguindo o equilíbrio necessário aos primeiros passos, caminhada, corrida...

Nem todos lembram mais, foi graças ao cuidado e dedicação de uma mulher, que houve a possibilidade de um contato mais profundo com o mundo em derredor. Não fosse uma mulher, esse primeiro contato não teria acontecido em segurança.

Prosseguindo pelos caminhos da vida, encontra-se a primeira professora. No meu caso, em particular, foi um privilégio duplo. Uma mulher, tia Maria Lira Rocha, ensinou as primeiras letras. D. Cintô (de Cícero Bezerra, de Salgueiro), a primeira série numa escola da cidade. A primeira professora a gente nunca esquece e, certamente em cada dez pessoas, ao menos nove, são agradecidos por essa experiência.

A disposição para prosseguir com os estudos, passa pela primeira professora. É interessante que ninguém lembra o primeiro professor. A mulher têm ocupado a lembrança pelas primeiras letras.

Pela vida afora, a mulher tem ocupado a nossa vida quando exerce diversas atividades, do berço à conclusão da vida. Em meu caso específico, lembro que os dentes estão em bom estado pela dedicação de uma dentista. É lógico que poderia muito bem ter sido UM dentista, mas foi UMA. Quando aprendi a dirigir um veículo automotor, foi UMA mulher que ensinou. Poderia ter sido UM homem, mas, foi uma mulher.

Esposa e filha, foi outro privilégio que DEUS me concedeu. Talvez nem todos possam dizer o mesmo. Graças a DEUS (também) pelo filho que me concedeu; contudo, mesmo isso, foi graças a mulher – ela foi quem concebeu o filho.

Ao longo da vida, são inúmeras colegas, tanto na escola quanto no trabalho, amigas, conhecidas... A vida não seria a mesma sem elas. E, no momento que nos aproximamos de um novo oito de março, é oportuno que cada ser humano, especialmente o homem, reconheça que ser homem é bom demais; mas, o que seria de nossa vida sem a mulher???