OS RELACIONAMENTOS E AS EQUAÇÕES MATEMÁTICAS

Neste momento da vida, onde o tempo já me faz carregar nas costas boas histórias para contar, onde uma infinitude de passagens vividas e vistas me dão conceitos de certo e errado, de justo e injusto, ouso brincar com todos os relacionamentos. Com aqueles relacionamentos que estão dando certo e, principalmente, como aqueles que não estão ou não deram certo.

Brinco com os relacionamentos imaginando-os como simples equações matemáticas! De fato, acho conclusivamente que nem é brincadeira. Os relacionamentos são todos realmente formados por equações matemáticas! Essa condição é procedente.

Um relacionamento é, acima de qualquer condição, simples equações matemáticas. E por que equações matemáticas? Porque num relacionamento os dois chegam carregando histórias individuais que aos poucos vão se misturando. Essa mistura de histórias, de pontos de vista, de passagens pessoais nada mais do que pura matemática (equações matemáticas), e se dá basicamente da soma, divisão e subtração das histórias pessoais, com objetivo principal de formar uma história comum, uma história vivida pelos dois e que também poderá ser multiplicada dezenas ou centenas de vezes.

Assim, antes de qualquer outra condição, é ponto indiscutível que para existir um grande relacionamento, para que a união de duas pessoas surta efeito e se transforme numa grande passagem a dois, é necessário que esses dois, conjuntamente, sejam bons matemáticos; matemáticos de vida em suas equações pessoais e conjuntas.

Para que realmente o relacionamento entre duas pessoas se torne um grande relacionamento é necessário fundamentalmente que os dois, de forma harmoniosa e sem competitividade, somem as coisas boas que a vida deu para cada um; subtraiam as coisas que não foram proveitosas ou úteis individualmente; dividam todos os momentos e façam multiplicar essa fórmula (de tudo que é bom) dezenas ou centenas de vezes para vê-las repetidas novamente.

Imaginar-se alheio a essas equações matemáticas, alheios à matemática da vida (das equações pessoais de vida), é dar chance ao insucesso, ao fracasso do que poderia ter sido um grande relacionamento. E por que não foi? Não foi justamente porque os dois esqueceram-se de aplicar as simples equações matemáticas da vida nas suas ações e atos pessoais e conjuntos. Não foi sucesso e nem tampouco grande porque os dois esqueceram-se de subtrair o que não era bom, de somar e dividir entre si o que era bom, bem como de multiplicar (para se ter outras vezes) o que sempre foi muito bom.

O sucesso de todo relacionamento é justamente o acerto dessas equações. O sucesso está em saber somar, subtrair e dividir cada condição individual e coletiva. Ele, o sucesso que muitos buscam, vem da simples e fácil subtração de todos os maus momentos, bem como e principalmente da soma, divisão e multiplicação de grandes idéias, de uma perfeita cumplicidade, de uma harmoniosa fraternidade, dentre tantas outras ações.

Logo, é fato incontroverso que os relacionamentos estão intrínsecos com a matemática; com as equações matemáticas da vida. Fórmulas de somar, subtrair, dividir e multiplicar que o tempo vai ensinando. Fórmulas que são, por fim, até fáceis de serem aplicadas. Todavia, fórmulas que muitos procuram, mas que poucos realmente conseguem por em prática. E o que é pior, fórmulas que muito menos ainda conseguem acertar.

Então, para acertar num relacionamento, fazê-lo transformar-se num grande relacionamento, precisamos estar preparados para as diárias equações de vida, para ajustes com a soma, divisão, subtração e multiplicação. E não apenas nós, mas também quem se dispõe a ser o nosso ou a nossa grande cúmplice de relacionamento. Ele ou ela também precisará estar disposto a aplicar toda sua matemática de vida; de forma igual e equilibrada.

Daqui para frente, vou ter que ensinar mais matemática para as pessoas!