BBB... NÃO LIGUE, NÃO VOTE!

Bosta... Bumbum... Babaquice!

De cara, digo logo: eu até assisto! Mas do nada quando não tem nada...só para estudar antropologia e vê como a natureza humana é fácil de se vencer ao ridículo.

Eu até assisto, mas por milhão nenhum teria eu a coragem de me expor tanto ao escárnio.

Prestemos atenção, programas como BBB, é a prova de que ainda somos antropófagos. Outra espécie de canibalismo: não se come mais a carne humana; estamos comendo a alma.

O prêmio é um milhão.... parece muito! Mas é pouco, bem pouquinho! Perceba: tudo é ligação. Então, 10, 20, 30, 40, 50 milhões de ligações por semana para esse programinha, pra saber quem fica ou quem sai, quem vai ou vem, quem usa roupa de palhaço ou de peru cubano, rende ao cofre do tio patinhas, que não é o nosso – nem o tio, nem o cofre – milhões multiplicados.

O milhão que um coitado daquele ganha, nem trisca nos bilhões que pagamos ao “tio patinhas”...

Os participantes de reality show’s são a nova espécie de bobos da corte!

... Por isso o BBB e similares são uma febre. Porque homens adoram o escárnio dos homens. Quando penso nessa linha nunca esqueço o pensamento da grande escritora Zélia freire:

“somos ou não somos diabólicos? (...) pode-se até sorrir, mas as razões pelas quais se sorri são as mesmas pelas quais se chora.

estava eu assistindo e, puseram uma casa dentro da casa - uma de vidro lá... – com umas pessoas dentro, e só um buraquinho lá em baixo pra eles conseguirem se comunicar – os da casa de vidro, com os da casa normal -, nisso ficam se baixando, de cócoras, para falar um com o outro. É patético! Porque o tio patinhas responsável pelo programa não pôs pelos menos o buraco em cima. Simples: pra ridicularizar cada vez mais.

E você que quer criticar o BBB, por favor não o faça sem antes se enxergar, porque o guaraná que você toma, a margarina que você passa no pão, o shampoo que você usa, o sabonete, o jornal que você assiste, que você lê... tudo compramos o que patrocina-os...então, sem querer, matamos, cozinhamos, e comemos o que não queremos comer. No canibalismo, se mata o que se quer comer. No capitalismo se come matando o que não quer se matar, tampouco comer... quando se come! Há uns que passam fome...!

... Queira ou não queira, na era capital somos o mal necessário de nós mesmos! Comemos aquilo que temos vontade de vomitar.

São cômicos - o capitalismo e a burguesia: nos empurra para o poço que nunca queremos ir... e, justamente, nunca queremos ir porque sempre ele é seco e sem fundo!

Bobos... Bonecos... Bizarro!

Não reclamem do BBB e desses “reality show’s” por aí. Entre comigo na campanha: NÃO LIGUE, NÃO VOTE!

... Quero vê quem os sustentarão!

Quanto será o salário do Pedro Bial por semana hein?! Acho que uma hora extra dele vale mais que o prêmio do programa.