Um sonho que se tornou realidade...

No dia 4 de fevereiro de 1999, fui dormir na casa de uma amiga que morava na Fazenda do Morro Alto, em Itupeva-SP, para uma vigília ufológica.

Antes de chegar à casa dela, passei em frente a uma igrejinha branca,

na beira da estrada de terra, onde havia um capim muito alto, bloque-

ando os primeiros degraus da escada que dava acesso à porta principal. Parecia abandonada.

Chegando à casa da minha amiga, perguntei se a igrejinha estava abandonada, e ela me informou que somente no final do ano vinha uma catequista realizar uma festa de fim-de-ano. Como eu estava disponível me ofereci para iniciar um trabalho de evangelização infantil, devido às experiências anteriores com crianças. A igrejinha era de propriedade da família da minha amiga, e ela me encaminhou à casa de seu parente, para eu conversar sobre a possibilidade de iniciar um trabalho aos domingos, pela manhã. Consegui uma resposta

afirmativa, e muito feliz começei a traçar os planos para mais esta atividade.

Assim, trabalhei alguns meses com as crianças do Morro Alto, e a igrejinha atraía muita gente. Chegamos a abrir à noite para recebermos os adultos, para reuniões religiosas, cujo tema principal era a vida de Jesus.

Bem... o mais importante desta história: eu não era católica !

Quando o padre da igreja da cidade ficou sabendo, me ligou me convidando para ser catequista. Com diplomacia, fui dando um jeito para continuar o meu trabalho, da maneira que eu achava mais correta:

Pregar pelo exemplo, pela caridade, pelo amor, e confraternização religiosa.

Mas, os meses se passaram e o padre resolveu tomar posse da "Igrejinha Branca, da beira da estrada", como eu chamo até hoje.

Agora, os anos se passaram... e a Igrejinha Branca voltou a ficar abandonada, com o capim bloqueando os primeiros degraus da escada...

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Vou lhes contar uma segunda história:

Quando eu tinha vinte e seis anos, num momento decisivo de minha vida, sonhei certa noite, com uma igrejinha branca, na beira de uma estrada...Ela estava com as portas abertas, como se estivesse esperando por mim...Mas, para chegar até ela, eu precisava atravessar um rio muito largo... Depois de muito pensar eu corri em direção a ele, pulei-o e cheguei à outra margem...

Finalmente,cheguei à igrejinha, com muita alegria por ter vencido o obstáculo.

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Os anos se passaram e eu não esquecia esse sonho... Decidi escrever uma poesia, que já publiquei em 1989, em uma Antologia de Jundiaí, e agora aqui, neste Recanto.

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Helenice Rodrigues
Enviado por Helenice Rodrigues em 28/02/2009
Código do texto: T1461335
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