E SE FOR REALMENTE GRAVE?

Procuro não me indignar com os inúmeros absurdos que vejo ou escuto todos os dias; no entanto, hoje esta indignação se faz necessária, pois com a vida não se brinca.

Para assegurar os cuidados necessários para a garantia da vida humana, vários órgãos foram criados, mantidos por diferentes entidades e contando com o trabalho de diversos profissionais para atender as mais distintas situações.

Para situações de emergências, existe o Corpo de Bombeiros, Paramédicos, Defesa Civil, entre outras equipes com siglas variadas, mas todas com o mesmo objetivo.

Asseguro que em uma partida de futsal nunca se espera que algo de grave realmente aconteça, entretanto, uma destas equipes sempre permanece no local para uma eventual fatalidade, como a de hoje:

Depois de um choque entre dois atletas, um dos jogadores desmaia e por, aparentemente, haver gravidade no caso, todo o time e alguns amigos da arquibancada correm para socorrê-lo e gritam para que a "equipe" se faça presente.

(Começa aqui minha indignação e, acredito, a indignação de boa parte das pessoas que também estavam no ginásio esta noite.)

Solicitada por haver um atleta necessitando de atendimento, em vez do atendente descer a arquibancada com pelo menos um kit de primeiro socorros nas mãos e o mais rápido que pudesse realizá-lo, a cena que vimos foi totalmente oposta. Como se o tivessem chamado apenas para termos a graça de sua presença, ele desceu de mãos vazias e, o pior de tudo, contando os passos. Enquanto os meninos do time e amigos espectadores demonstravam preocupação, aquele que deveria oferecer socorro desfilava no meio da quadra.

Somente após alguns minutos, ele resolveu buscar uma maca, e, indo e voltando, com a mesma velocidade já descrita, foram merecidas as vaias atiradas pela torcida, inclusive por mim.

Agora, estou aqui escrevendo este texto, com a máxima indignação que me é permitido demonstrar, sem saber o real estado do rapaz e me perguntando: “Se alguém estivesse morrendo ali, deixariam que morresse com toda esta tranquilidade?”

Com a vida não se brinca! Não importa se o caso aparente ser grave ou não, um atendimento adequado e rápido é fundamental...

* Publicado em: www.danyziroldo.blogspot.com, em 11/03/09

Dany Ziroldo
Enviado por Dany Ziroldo em 12/03/2009
Reeditado em 12/03/2009
Código do texto: T1483177
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