Desilusão, desilusão; danço eu,

dança você na dança da solidão ...

Eu te entrego num'niverso, o reverso dos meus versos.

Eu povoo desertos, eu faço o que você quiser!

Se o plano for seu sorriso...

Qualquer coisa por você é lindo.

Te procuro em todos os fatos e relato o pouco caso.

Se te acho entre os cacos, te recostruo e tudo é claro...

Algum caco despedaçado,

Desesperado procura ser...

Ser algo,

Ser alguém ,

Ser poesia,

Ser seu espelho,

Ser canção...

Ter profissão de amar o que se quebra,

Ver o deserto povoado, secar na primavera...

Ai quem dera!

Quem dará pouco ?

Quem dá mais ?

Pouco? Louco estaria!

Criar tão pouco pelo seu sorriso

Mesmo que valha pouco,

Mesmo que nada valha.

Todo/Qualquer amor é como navalha,

Reserva o fia da lâmina quando se guarda.

CapituLua
Enviado por CapituLua em 24/03/2009
Código do texto: T1503801
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