SUSTO

Já era umas 20h e comecei a me preocupar. Meu garoto apesar de ter nascido aqui(Brasília) não conhece mais nada (ou eu acho que não). Ele tinha saído para resolver os problemas de seu walk machine(ciclomotor) e fazer depósitos bancários e recomendei que liga-se (zelo de pai) assim que chega-se na oficina.

E ele na saída brinca.

— Por que pai?

— Não e nada de mais eu só quero saber se esta bem.

— Esta com medo de seqüestro?

— Não! Tem coisa pior que isso.

— Se tiver que pagar o seqüestro? (rindo).

— É isso, vê se me liga e deixa de ser chato.

E o lembrei de levar a corrente com cadeado, e no passar do dia estranhei o fato de não ter tido noticias dele e liguei para a oficina.

— Cadê o meu garoto?

— Eu não sei vou ver se esta aqui! Um minuto.

Eu não esperava que ele tivesse se ausentado.

— Olha, ele saiu.

— Por favor, assim que retornar peça que me ligue.

Continuo com aquela impressão ruim que marcou a sua saída brincando com coisa grave. Tudo! Menos violência.

E o telefone toca agora e a voz do Wandersom.

— Alo, Dimitri sou eu.

— Cadê o Leandro?

— Eu não sei, já tem umas duas horas que ele saiu.

— Como saiu? Ele não chegou ate agora, você sabe se ele estava com alguém, com a bicicleta ele já deveria ter chegado.

— Que bicicleta?

— Ele foi de bicicleta, saiu daqui pra fazer um deposito e foi para ai...

— Aqui ele não chegou de bicicleta... Falou... Que deu... Um problema... Eu não sei... Não entendi nada.

— Foi para algum lugar?

— Não sei.

— Vou esperar.

Desligo e fui checar se ele tinha realmente ido de bicicleta e ela não estava, volto e digo pra Eliane, aconteceu alguma coisa, já tem mais de duas horas que ele saiu e não chegou aqui, e também não chegou lá de bicicleta.

— E não te falou na hora que chegou. Por quê?

— Eu não sei.

— Mas ele tinha que ter falado que estava sem a bicicleta!

— Eu não quero saber da bicicleta...

E o telefone toca...

— Alô, pai.

— O que aconteceu.

— Fui roubado.

— Aonde você esta?

— Não sei.

— Como não sabe?

— Fui à delegacia... Roubaram a bicicleta... Estou sem cartão, dinheiro... Levaram tudo...

— E aonde você esta agora?

— No Núcleo bandeirante. Peguei o ônibus errado.

— Me da o endereço que eu vou te buscar agora.

— Eu não sei, e uma rua deserta. O credito do meu cartão telefônico vai acabar.

— Chama alguém ai, qualquer um.

— Não tem ninguém aqui e uma rua deserta só tem o orelhão. O cartão vai acabar...

— Liga a cobrar agora que te pego, mas preciso saber aonde você esta. Pergunte pra qualquer um...

E minutos se passam que mais pareciam horas, e a Eliane pede que o Leonardo ligue pra ajudar a resolver, e o telefone toca e a voz do Wandersom.

— Alô , Dimitri o que esta...

— Não posso falar com você agora o Leandro este perdido no Núcleo Bandeirante sem dinheiro, cartão. E não sabe o endereço. E vai me ligar agora, tenho que desligar. Tchau!

Segundos que pareceram minutos.

— Alô, pai sou eu.

— Me da o endereço que eu vou agora.

— Pai! Pai! Pai! Eu estou no Léo se acalma. Era só uma brincadeira. O Wandersom esta aqui...

Você se junta com eles pra matar teu pai de preocupação eu não tenho mais idade e muito menos saúde para isso e bla, bla, blee, bliii, Bloooo, bluuuuu uuuuu... ERA SÓ UMA PEGADINHA.

E essa estória a guardarei para sempre, uma lembrança de suas ferias e escreve-la e o meu presente... FELIZ ANIVERSARIO... PARABENS!!!!! TE AMOOOO.

Seu pai

DiMiTRi 30/01/04 19:55

DiMiTRi 30/01/04 16:37