Homem não dança!

Sábado passado estava decidido a sair para a boate e tomar umas cervejas. Às vezes, nós sentimos essa vontade de extravasar um pouco, sair da rotina e deixar o som alto das músicas acabar com a dor de cabeça da semana inteira de trabalho ou estudos. Na festa, preferi não beber até para curtir a companhia da minha amada e analisar o comportamento da galera. Depois de algum tempo passei a ter essas manias esquisitas.

E não é que eu presencio vários rapazes dançando como verdadeiras bailarinas enquanto o funk se misturava ao pagode e alguns hits eletrônicos. Coisa incrível, realmente, não havia notado nada tão parecido nas últimas saídas noturnas, ou não percebia este novo fenômeno

Rapazes, ah! Bem... Ora, não dá para chamar de homens aquelas criaturas rebolativas que mais pareciam estar com algum bicho dentro da roupa, de tanto que se contorciam. Tudo bem, até tem as gurias que gostam dessas atitudes metrossexuais, mas isso é uma verdadeira afronta a princípios básicos que nós, homens, temos seguido ao longo dos anos.

Em primeiro lugar: homem não dança, ele no máximo – e olhe lá – acompanha o ritmo da dança ao mover os pés no famoso um pra lá e um pra cá. É isso mesmo! Homem não sai para dançar, homem sai para pegar mulher. O resto é conversa. Nenhum cara se arruma em casa pensando que vai poder ensaiar passinhos de dança, eles saem de casa para ver as roupas minúsculas das meninas e aquela habilidade ímpar que elas possuem para descer “até o chão, até o chão, chão, chão, chão”, como diz uma pérola musical.

Nada impede que um homem dance, não há preconceito algum quanto a isso. O que existe são algumas regras básicas que deveriam ter sido ensinadas por seus pais antes de eles irem para a escola. Homem tem que dançar com a namorada, nada dessa bobagem de ficar mexendo a cintura e levantando os dedinhos para ver se chama atenção. Ora, se quer uma mulher, fala pra ela. Qual é o medo de se aproximar. O máximo que um cara vai ganhar rebolando são umas risadas e se tornar motivo de chacota uns dias depois.