Sófocles nasceu em Colono (Grécia) e viveu entre 495-406 a.C.  Da múltipla e diamântica obra, dele nos chegaram oito tragédias e bastantes fragmentos.  Nada mais.
     Pertencem-lhe:
          Ájax
          Antígona
          Édipo em Colono
          Édipo Rei
          Electra
          Filocteto
          Lacedemônias e
          Sínon (salvas);

          Tiro
          Tereu
          Mulheres de Ftia e
          Eurípilo (perdidas). (1)

     “Épido Rei”, “Antígona” e “Electra”, peças mundialmente famosas, possuem um inexcedível arrebatamento, envolvendo-nos num clima eletrizante, revelando a fragilidade humana perante os superiores desígnios dos deuses.
     Lembro-me de certas falas e alguns atores de “Antígona”, que assisti cinco ou seis vezes no Teatro João Caetano (Rio), ainda jovem:

“Pensa bem, meu filho. A hora do erro chega para todo ser humano...”

“Poderoso Creonte, sê magnânimo: não apunhala quem já não tem vida!”

“A vida é muito curta! Ao fim da vida, os orgulhosos tremem...”

“Os deuses novamente nos protegem!”

"É invencível quem não tem nada a perder..."

"Terrível é a força do Destino!"

     Tais falas, a esta altura, não sei mais a quem percenciam. Como me lembrei delas, lancei-as aqui.  Acompanham-me sempre, forçando-me a ser melhor, mais compreensivo com o próximo, mais humano, cordial e solidário.
     Atores: Maria Fernanda (Antígona), Renée de Vielmond (Ismênia), Ivan Setta (Tirésias) e Sérgio Britto (Creonte).

     Do grego só li, até hoje, “Édipo Rei” e “Antígona”, que me passaram sentimentos disparados de alegria e ódio, de angústia e felicidade e de paz sobre paz.



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(1) “Arte Poética”, de Aristóteles.  Trad. Pietro Nassetti. Ed. Martin Claret, SP, 2007.

Jô do Recanto das Letras
Enviado por Jô do Recanto das Letras em 26/04/2009
Reeditado em 24/07/2011
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