O terrível vírus do desemprego

O terrível vírus do desemprego.

Seria o maior tesouro do mundo, se Deus concedesse a todos nós, a posição vantajosa de jamais necessitar do auxílio de alguém. .

Mas, infelizmente não é assim...

Tantos indivíduos necessitam de ajuda e nesta fase terrível de Recessão, mais ainda.

O dólar dispara, a bolsa despenca, bancos quebram, o comércio internacional desacelera...

Pânico generalizado nos mercados!

neste círculo angustioso, realmente é complicado auxiliar alguém lhe informando acesso ao milagroso mundo do trabalho.

O indivíduo desempregado se torna alvo de discriminações e exclusões.

O distanciamento do meio social torna-se inerente, uma vez que ocorrem rupturas dos laços de sociabilidade constituídos no ambiente do trabalho.

Sim – O indivíduo só tem reconhecimento de sua existência caso produza.

A repulsa social advinda do desemprego permeia seu afastamento das principais referências contribuindo ao processo de sua desvalorização, necessitando então de ajuda para sua apresentação à busca de alguma atividade.

A verdadeira identidade – o nosso Eu é aplicado no cumprimento de nossas atividades;

Tarefa que exige esforço contínuo, empenhamento constantes.

É um longo caminho, mas necessário.

Todos nós crescemos ouvindo o velho ditado, “o trabalho enobrece o homem”, ou “só não trabalha quem não quer”..

A palavra desemprego em francês, “chômage” vem do latim 'caumare' “'repousar durante os grandes calore “feriado” – tempo de festas sem trabalhar,

Então... O estar desempregado – significava a condição de repouso do trabalhador.

Quanta diferença meu Deus!

Hoje – século XXI – O maior objetivo do indivíduo desempregado é seu retorno ao mercado de trabalho, dispensando os grandes “calore”

Sua atenção está direcionada exclusivamente a este objetivo, sobrepondo-se a qualquer outro.

A falta de recursos financeiros repercute no aspecto psicológico infundindo temor, auto-rejeição, angustia, ceticismo, a incerteza de como será seu amanhã.

A perda do emprego é uma mudança que pode também provocar perturbações na família, ocorrendo reações emocionais. Na certa, nova reestruturação deverá ser planejada para enfrentar este tempo angustioso e sofrido.

A nova regra de produção capitalista sofre mudança relacionada no meio do mercado de trabalho, e consequentemente modificam as pessoas, que estão cada vez mais inseguras em relação a sua estabilidade econômica.

O ser humano é sociável, e é imprescindível sua integração a um grupo social garantindo sua sobrevivência, e adquirindo segurança psicológica diante dos demais companheiros.

O terrível vírus do desemprego propaga-se não apenas no Brasil, mas por todo o mundo. .

O constante aumento populacional e o déficit progressivo das oportunidades de emprego despertarão competições individuais onde não haverá espaço para comprometimento social.

O fundo monetário Internacional confirma que a recessão mundial será mais “profunda e a recuperação mais lenta que anteriormente previsto”.

Calcula-se que o desemprego em economias européias ampliará em 2009 – de 3,7 milhões de pessoas para chegar a 4,6 milhões. .

Segundo Freyssinet (1994, 8-9), “a gênese do desemprego está atrelada ao salário e este ao capitalismo, pois dele decorreu a combinação de três mecanismos que gerou novas categorias de necessitados de empregos, a saber: a) a destruição de formas de produção pré-capitalista, tais como agricultura familiar, artesanato e pequeno comércio; b) redução de salário do chefe de família, obrigando os outros membros da família a ingressar no mercado de trabalho; c) ritmos e modalidades de acumulação de capital e a mecanização da produção, como geradores de crises cíclicas na oferta de postos de trabalho”.

Repasso a proposta de Felipe Alves que a considero “de grande qualidade”. ,

- No início deste ano romperam pelos noticiários milhares de desempregados.

A face mais visível e social de graves problemas estrutural nas nossas sociedades.

As pessoas surpreendidas pela escala destes despedimentos, recorrem ao governo numa busca em vão de respostas e soluções. Pergunta-se:

- Qual é a saída para esta situação?

Felipe afirma que o que o governo socorre – empresas em situações precárias e “pessoas através de fundos de desemprego”.

Argumenta que as “soluções avançadas são respostas medíocres a um problema sério e que facilmente descarrilará para maior revolta social e aumento da criminalidade”.

Sugere:

O fundo de desemprego deveria ser substituído pelo “Fundo de apoio social”.

As pessoas que concordarem com tal proposta teria direito a um “subsídio enquanto procuram um novo emprego” em recompensa ao trabalho empenhado em qualquer atividade social. Contribuiriam assim para a “melhoria das condições de vida dos cidadãos, quer seja trabalho ambiental, ou seja, ao nível de cuidado de idosos sem abrigo, ou de crianças”.

“Há muito que se pode fazer a nível social com benefícios claros para toda sociedade, inclusive para as pessoas que recorram a este fundo através da inclusão social, ou até de uma maior facilidade de inserção profissional, e o dinheiro para subsidiá-lo está mesmo aí. Resultado: Canalizar capital humano, que de outra forma estaria parado para contribuir de forma produtiva para a melhoria de qualidade de vida de todos nós’.

No segundo item sugere “O regresso a Agricultura reforçando as sociedades rurais”.

Em alguns países desenvolvidos existem programas de atividades lúdicas relacionadas com a agricultura. Ou seja, as pessoas, mesmo as que têm bons empregos na cidade, pagam bom preço só para se poderem entreter nos tempos livres, trabalhando em jardins, plantando legumes, cavando, etc., ainda que isso se faça por puro prazer e não para recolher o fruto desse trabalho.

Marília
Enviado por Marília em 30/04/2009
Reeditado em 30/10/2012
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