Separados pelo Casamento

Minha paixão por filmes vem da infância. Tenho horas luz gastas em castigo por ficar acordada até todos os canais de TV saírem do ar, vendo filmes.

Naquela época os musicais me encantavam. Derramei rios de lágrimas assistindo as aventuras apaixonantes de Elvis Presley.

Eita, tempo bom aquele.

Hoje meus filhos compartilham desse meu gosto. O mais velho sabe tudo sobre o assunto: roteiristas; diretores; premiações; trilhas; dublagem; músicas premiadas, enfim, além de gostar ainda pesquisa sobre. Já a menor é como eu: gostamos da história.

Interessante isso, o efeito que nos causa uma história. Muitas vezes, quando assistimos um filme pela primeira vez, nos prendemos ao enredo geral e não observamos alguns detalhes sutis do roteiro.

Falhas na edição, erros cronológico e, principalmente, a profundidade que a “história” nos passa. Mesmo de uma simples comédia podemos tirar lições de vida, como por exemplo “Eu, Eu mesmo e Irene” que recomendo a todos aqueles que têm dificuldades em expor o que realmente sentem. Agora mesmo acabei de me emocionar revendo “Separados pelo Casamento”.

O filme começa mostrando Gary, conhecendo Brooke em um jogo de Baseball, seguido de uma passagem de tempo muito bem bolada e explicativa, a história começa a se desenrolar quando o casal já está morando junto e começam uma briga por causa de alguns limões, que acaba com a separação, mas, tudo isso, com um único problema: nenhum dos dois quer sair do apartamento. Nessa guerra psicológica entre eles até os amigos se vêm obrigados a tomar partido e escolher um dos lados. O amigo quase psicótico de Gary, Johnny O, tenta “ajudar”, de seu próprio jeito, o amigo nesse momento difícil. Ajudando Brooke, sua melhor amiga, seu colega de trabalho afetado Christopher e sua chefe Marilyn Dean, são outro show a parte. Sem contar o ótimo irmão e sócio de Gary, que aparece pouco, mas vale a pena.

Hoje, dia 03 de janeiro de 2009, uma manhã gostosa de domingo, me deixei ser emocionada pela velha e batida mensagem da fita: a dificuldade que alguns têm em se doar.

Apesar de se dizerem apaixonados, ou de amar realmente, não conseguem abrir a guarda. Não conseguem deixar que o outro faça parte de sua vida. Estar juntos sim, mas com total privacidade de direitos.

Por que será que é tão difícil assumir um amor? Defender e gritar pro mundo e pra si mesmo que ele existe.

Vejam o filme!

Esse é o segredo: cada um tem total liberdade de interpretar a sua maneira.

Como se trata de uma comédia, relaxe e ria muito com “Separados pelo Casamento” - é quase uma obrigação dar uma conferida, principalmente para discordar da minha visão.

Título Original: The Break-Up

Gênero: Comédia Romântica

Duração: 106 min.

Ano: EUA - 2006

Distribuidora: Universal Pictures/UIP

Direção: Peyton Reed

Roteiro: Jeremy Garelick e Jay Lavender

Classificação: 14 anos

Estréia no Brasil: 30/06/06

Um beijo!

Etelvina de Oliveira
Enviado por Etelvina de Oliveira em 03/05/2009
Código do texto: T1573166
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