Filé ou costela?

Tem uma piadinha sacana sobre a forma como o criador fez a mulher, tirando as suas delicadas formas de uma costela. Diz o dito que poderia ser bem melhor se fosse do filé, imaginem! Na realidade, uma analogia mercantilista do diagnóstico nos leva a crer que um dos primeiros efeitos seria no preço para o consumo, que seria muito mais elevado.

Faça a seguinte avaliação, compare o gasto mensal com sua mulher ao quilo da costela! Agora calcule quanto seria se fosse do filé, aplique uma regra simples qualquer aí. Puxa vida, não sobraria nada para a cervejinha do final de semana, não é?! Agora, avalie o sabor: você se satisfaz com uma costela, gosta até de roer aqueles ossos maiores quando o gado é mais velho, não? Ah, sim! Mas um filé tem seu valor, macio, apetitoso e bem temperado.

As mulheres que colocamos em nossas vidas e nossas camas são costelas e filés! Isso mesmo! Vai dizer que depois de uma festa você não aceitou ficar com aquele resto de carne fria (aquela baranga despenteada que estava bebendo guaraná diet no bico)? E claro que em tempo de vacas gordas, se refestelou com um rodízio de filés (aquelas mulheres monumentais se amontoando e te disputando em uma festa adolescente).

A piada que já era de mau gosto consegue ficar ainda pior, porém segue altamente real, após as análises sérias e didáticas (ou uma analogia qualquer feita com alguns goles de vinho a mais). No final das contas, não importa. Um dia você vai comer um filé, no outro não vai sobrar nem um guisadinho e vai acabar apelando até para carne de galinha. O que importa é achar aquela carne que te satisfaça por completo, com aquele tempero tradicional, aquela cor única, aquela maciez. E daí, bom, amigo, aí eu espero que você esqueça dos aperitivos, para o seu bem!