SÓ PARA MULHERES.

Enquanto a picanha chegava ao ponto, um pequeno grupo de amigos, homens entre 30 e 60 anos, heterossexuais assumidos, mas sem nenhum preconceito sobre as demais tendências, conversavam sobre os assuntos preferidos do homem comum brasileiro – futebol e mulheres. Escritores, poetas e outros intelectuais quando se reúnem o assunto é literatura, naturalmente.

Naquela ocasião, o tema predominante era “mulheres”, já que o flamengo tinha perdido e ninguém estava a fim de falar de futebol. Sabemos que os hábitos, as tendências e diversas outras informações sobre determinada população podemos obter através de estudos de uma amostragem, ou melhor, de um grupo de indivíduos da mesma espécie. Assim, elaborei um minucioso estudo sobre aquele grupo – ah! Sou técnico em estatísticas – com a finalidade de informar às mulheres de como elas são vistas pelos homens no dia a dia. Na verdade, a maioria já sabe, mas de qualquer forma vou ratificar.

A primeira parte do corpo da mulher que o homem olha é a face. Os olhos e a boca são analisados, uns preferem olhos verdes, outros azuis etc., lábios carnudos, finos, pequenos e etc., tem gosto pra todo tipo. As louras chamam mais a atenção no primeiro instante.

A seguir, os seios, a unanimidade prefere os volumosos, mas sem exagero, dizem que é o instinto animal preocupado com a boa alimentação da prole.

Por último o quadril, aí eles incluem do umbigo até um palmo acima do joelho. É geral a preferência pelos mais largos e abundantes(não precisa ser a mulher melancia) tudo sem exagero. É o instinto animal preocupado com a preservação da espécie, dizem que mulheres com esse perfil são melhores reprodutoras.

Cheguei ainda a triste conclusão de que as mulheres não têm privacidade, uma vez que os olhos dos homens funcionam como se fossem “raio x” e elas são praticamente despidas em frações de segundo diversas vezes durante o dia. Dizem que é o instinto animal a procura da parceira ideal. As mulheres poderiam perguntar: “e se ele já tiver a parceira?” Aí, com certeza responderiam: “É o instinto animal que habita em nosso interior desde a época das cavernas, onde era permitido ter diversas companheiras”.