Tenho medo de amor que é obsessivo. Amar é deixar livre

Nunca amei a ponto de chorar, ou sofrer por um homem. Sempre me amei mais que tudo.

Sim! Nunca amei apaixonadamente do jeito que vejo outras pessoas fazerem.

Já gostei, tive muito carinho, respeito, companheirismo, mas não paixão desmedida.

Acho que sou muito egoísta. No fundo só amo a me mesma...

Sempre ouvir dizer amor traz felicidade, alegria, acho que não tive muito bons exemplos.

É... Pode ser que seja trauma! Vai vê seja mesmo... Vai saber?

Sempre que ouvi alguém dizer: “Estou amando” com os olhos brilhando, um sorriso iluminado. Estive também ao seu lado para vê: “Os olhos chorando, o sorriso acabando e a dor entrando... Vi essas pessoas sofrerem no fim, por achar que era eterno, belo, e se enganou...

Vi pessoas tentarem várias vezes, com várias pessoas e em todas as mesmas cenas. Esperança, ilusão e solidão. Isso não é pra mim. Sou muito esperta pra isso. Amor pra mim é finito, acabou arrumo outro e proto. Tudo é substituível.

Quando as pessoas começam a amar, ficam todas felizes. Quando a pessoa acaba o relacionamento, a esperança acaba, fica só o sofrimento. A culpa, uma tortura.Não nasci para isso, tem algo errado comigo.

Na verdade tenho medo desse tipo de amor. Não nasci para sofrer. Para amar alguém mais que a mim mesma. Eu sou tão obcecada por mim mesma que não sinto amor obsessivo por ninguém.

Talvez a foram que eu ame seja só diferente. Talvez eu saiba me dar tanto, que nunca conseguiria amar uma só pessoa. Amo todos iguais.

Amo até quando dá, se não dá mais esqueço e pronto. Vau amar outro. Não vou sofre, me descabelar. Sabe quanto custa arrumar o cabelo? E as rugas? Sabe o preço de um tratamento? Ninguém merece isso de mim. Eu te amo. Mas nasci sem você e viverei sem. É assim que eu penso.

Vai vê meu coração é muito dado. Muito aberto. Ou fechado de mais. Vai saber?

Meu medo desse tipo de amor destrutivo começou por vê pessoas enlouquecerem, definharem até morrer.

Vi Romeu e Julieta morrer em nome do amor. Tinha quatro anos quando vi a cena. Foi ai que começou meu trauma. Resolvi que nunca morreria por alguém. Vai vê sou muito covarde.

Amo meus amigos. Meus filhos. Minha família. Amor incondicional. Sem esperar nada em troca. Amo verdadeiramente. O amor que dá sem esperar receber. Se me magoa, simplesmente deixo para lá e os perdôo. Isso é amor para mim.

Tenho esperança que esse tipo de amor obsessivo, me pegue numa esquina qualquer. Enquanto eu sou mais esperta, ou muito burra, vou fugindo. Vivendo sem essa confusão de sentimentos.

Para me esse tipo de amor é doentio e obsessivo. Eu amo livremente. Amor para me é liberdade. Deixar o outro ser feliz sem se importar como, ou com quem.

Sou feliz com esse meu jeito errante de amar.

Ame e deixe o ser amado livre. Com quem quiser, onde quiser...

Sou feliz assim...

karla geane
Enviado por karla geane em 23/06/2009
Reeditado em 27/09/2009
Código do texto: T1663944
Classificação de conteúdo: seguro