O ATRASO DA RELIGIÃO E A LUTA DA CIÊNCIA

O exemplo que houve na luta que se travou recentemente a favor ou contra as células-tronco, mostrou o quanto a humanidade deve ter se atrasado pela influência de religiões que mandavam para a fogueira qualquer pessoa que descobria uma cura por qualquer erva que fosse e que dirimiria o sofrimento de muitos pessoas, mas que segundo ela, estaria interferindo nos desígnios divinos, o da purgação pelo sofrimento.

Procurando-se olhar de forma neutra e imparcial os argumentos usados contra as pesquisas de células tronco chegamos a algumas conclusões que não deixam de serem ridículas considerando-se que até então, quando os embriões eram literalmente jogados fora, eles não vinham em defesa dos mesmos e nem viria no futuro, se por acaso o ponto de vista religioso tivesse prevalecido.

E se tivesse prevalecido, o embrião então seria considerado uma vida e então nunca poderia ser descongelado, pois este ato seria caracterizado uma eutanásia, crime proibido pelas nossas leis.

E neste caso estaria assim gerado o ‘ser humano’ eterno materialmente. rss

Esta luta, como outras ocorridas na história, virou apenas uma pendenga vaidosa, de ‘quebra de braço’, por parte da igreja, pois iria novamente atrasar a evolução deste estudo tão importante para milhares de pessoas ao redor do mundo.

Além de ser desrespeitoso e cruel, depois das esperanças despertadas netes milhões de deficientes ou portadores de doenças crônicas que tem como única possibilidade de cura, o avanço progressivo destas pesquisas.

Mas usando-se a própria história como argumento, qual das lutas travadas pela igreja, como as anestesias em parto (o sofrimento seria uma graça divina), o uso de pára-raios (interferência na natureza), O divórcio, como um enlace pode ser indissolúvel se já não existe a ligação afetiva entre as partes?

O sexo neste caso não seria um tormento impraticável? E automaticamente não incentivaria o adultério, este sim, uma prática condenável e prejudicial para a vida das pessoas, gerando culpas e desrespeito aos envolvidos?

Devemos manter casamento com quem não prezamos?

E existiu, mesmo as pequenas ingerências, como o uso de talheres (as mão teriam sido dadas para serem usadas) e outras, que foram engendradas contra a Ciência, com certeza daria um livro, ou contra o desenvolvimento social que tenha sido comprovada depois que a igreja estivesse com a razão? Nunca aconteceu. Sempre comprovou-se que ela estava errada.

Podemos começar pela própria luta que os sacerdotes ou lideres das religiões da época travaram contra Jesus e seus ensinamentos até o pregarem na Cruz, livrando-se assim de um Portador da Verdade que havia se tornado um baita incomodo ao seu poderio e influência. E no que se baseavam estes líderes na época para lutar e procurar desacreditar Jesus?

Não foi nas velhas escrituras? Mas se estas possuíssem a Verdade para auxiliarem espiritualmente os seres humanos, porque teria havido a necessidade da vinda do filho de Deus?

Precisaria ter vindo para um ambiente tão hostil como era a Terra e trazendo a sua Palavra e os seus ensinamentos perfeitos, alertando a humanidade dos caminhos errados que estava tomando e que infalivelmente traria confusão e uma colheita, como a atual, onde além de tudo, as pessoas não sabem mais de onde vem, o porquê da vinda e para onde irão. Respostas estas, fundamentais para o nosso esclarecimento e elucidações para um caminho de uma vida feliz.

A igreja só ficou com a liturgia, criada por ela mesma e mais nada da mensagem original dos ensinamentos de Jesus. Só falar nele não nos transforma em pessoas melhores, nem colocar decalques plásticos nos carros, mas sim trazermos a doutrina dele para a nossa vida. Mas estes ensinamentos já estão muito adulterado e alegria natural não pode faltar neste caso.

Nos primeiros tempos depois da morte de Jesus, que não deixou nada escrito, os seus discípulos, com a maior convicção e esforços possíveis, continuaram procurando levar em frente os ensinamentos Dele.

Mas com certeza absoluta, analisando-se pela luz da lógica, como vamos ver, estes ensinamentos já não podiam ser mais os mesmos em qualidade, por não vir mais da própria Fonte Viva da Verdade, que era Jesus.

Os discípulos, como a própria etimologia da palavra diz, eram aprendizes, embora os mais chegados e preparados, mas aprendizes.
Aprendizes que se viram sem o seu Mestre, pela morte prematura e traumática, quando ainda teriam muito que aprender.

Mesmo entre estes discípulos nenhum tinha o conhecimento da escrita, que naquela época poucos possuíam como os cléricos, altas patentes do exército e um ou outro nobre com mais anseio de conhecimento.

Nas primeiras décadas após a morte de Jesus, os discípulos e os seguidores da Mensagem Dele, além de procurarem dar continuidade aos ensinamentos tinham que lutar pela própria vida, na maior parte se mantendo escondido.

As perseguições não pararam com a morte de Jesus e sim, se intensificaram.
Só a partir de um momento, quando já no declínio das suas vidas, é que viram a necessidade de deixar alguma coisa por escrito dos ensinamentos.

Mas aí cabe a pergunta:

Como confiar plenamente nestes escritos se mesmo entre os discípulos, humanos e sujeitos a falhas como nós, após décadas de sofrimentos e perseguições, será que ainda teriam vivos e não distorcidos inconscientemente estes ensinamentos?

E, principalmente, se considerarmos que o próprio Mestre lamentava que mesmo eles, os seus ouvintes mais chegados, e que conviviam com ele vinte e quatro horas por dia, não o entendiam?

E também, como ele dizia e está escrito, ‘ainda teria muito para lhes falar, mas não me entenderiam?’

Se o próprio Mestre não era entendido enquanto estava vivo e vivia constantemente corrigindo as interpretações erradas deles, o que esperar então destes ensinamentos repassados a dezenas de anos depois, e muitas vezes ditados para outros escreverem?

Será que foram transcritos corretamente como eram ditados? Será que os escreventes entenderam ou souberam converter para a escrita os dizeres de forma correta?

A possibilidade de ter havido muitas falhas é grande.

E tendo-se ciência que a primeira bíblia foi compelida centenas de anos depois e dentro de conventos, onde peneraram, subtraindo tudo que não entendiam ou que não lhes era favorável?

Então como se pode chamar de Sagrado um livro que passou por tantas mãos humanas e traduções e transmitido por uma linguagem arcaica e que dá tantas opções de interpretações, para quem analisa hoje em dia?

Dizem que em religião só há a necessidade da fé, sem questionamentos, mas, sou da opinião que não devemos acreditar em nada que não venha junto com a lógica, pois tudo que foi criado é baseado nela, tanto no macro como no micro, como comprovam as leis da física, até agora já descobertas, e não podemos esquecer que somos parte deste mesmo mundo, que insistimos tanto em destruir e que também somos, simplesmente, uma criatura gerada pelo mesmo Criador.

*Voltaremos sobre as células tronco.

'O ser humano que não é livre interiormente será um eterno escravo mesmo que seja um rei' Abdruschin -
graal.org.br
HAMILTON SERPA
Enviado por HAMILTON SERPA em 27/06/2009
Reeditado em 24/10/2009
Código do texto: T1670797
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