Do fim até o começo

Um deja vu. Um grande deja vu com algumas peças trocadas, mas outras permanecem no mesmo lugar. Possível de prever até mesmo os passos a serem dados, tudo. Pode parecer desesperança, mas tudo aparece muito claro.

Vai e volta na mesma questão, com alguns diferenciais, mas que me coloca no mesmo ponto. All the same?

Tenho a impressão de que para entrar no jogo como protagonista, eu teria de acreditar, ou melhor, me permitir acreditar. Você só pode jogar algo que pareça disposto. Meu nome coadjuvante, no entanto, é invocado constantemente, como se invocam anjos e demônios. Mas eu sou humana.

A minha ativa passividade parece agredir, mas eu não faço nada, só permaneço. É. Não há muito o que fazer, e eu aceito isso como algo irremediável. Eu deixo, não teria muito o que contestar.

Aceito até a ideia de que, caso a tempestade de ímpeto acabe como chuva de verão, serão exatamente as mesmas peças de antes, que continuarão no mesmo lugar. É, talvez fosse a hora de virar o jogo, mudar as jogadas, mas todo jogador inseguro e comodista prefere manter seu jogo pela certeza de saber como vai terminar.

Tão claro como água.Tudo vai rodar, círculos... Mas o trem sempre volta para o ponto de partida. Xeque-mate.

Ursel Schwartzinger
Enviado por Ursel Schwartzinger em 13/07/2009
Código do texto: T1698146
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