VIVE-SE do passado? Sim. TUDO PASSA...

VIVE-SE DO PASSADO? SIM! TUDO PASSA

Crônicas de Iran Di Valença

Sim. Todos nós vivemos de atos e ações do tempo passado e claro também do tempo presente que chegará a passado. Quando alguém exterioriza seus pensamentos dizendo que ninguém vive do passado, o faz por faltar-lhe conhecimentos sociológicos e espirituais. Atos e ações espirituais ou materiais são frutos do passado. Entrementes, saliento, há a diferenciação do passado espiritual para o do material. Antes porém, para melhor compreensão de leigos em teologia: Durante o período da vida carnal o espírito é qualificado como “alma” e é no estado de alma que ele se redime com provações e desfrute de gozos de suas ações más ou boas. Eis o ponto que o vulgo qualifica como “azar” ou “sorte” no decorrer da vida. É o currículo da vida corporal aliada a vida espiritual. Portanto, o produto de ações passadas e presentes serão sempre conseqüências boas ou más no futuro, seja espiritual ou carnal. Diz-se que a voz do povo é a Voz de Deus. Neste adágio há muita sapiência. Leiamos: “Quem aqui faz aqui paga”. Para qualquer estudioso ou bom observador, esta frase traduz uma verdade incontestável. Exemplos: Quem é operoso em construir os bens materiais, dele desfruta no período de vida corpórea; quem o bem pratica na vida carnal (como alma), os frutos do gozo serão os espirituais. Para mentes materialistas isso é uma desvantagem porque a existência etérea é uma incógnita, mesmo eles se declarando “crente em Deus” e inconscientemente dizem: “Prefiro o palpável”. Para esses leigos e sobretudo ambiciosos é justo que os que preferem o outro lado, do além, no gozo do período de vivencia da alma, aticem a chama do amor em seus corações, clareando suas mentes: Os espíritos que se redimem dos seus pecados no decorrer da vida corporal é possível que não desfrutem dos prazeres da vida carnal, todavia é absolutamente certo que gozarão das venturas e delicias da vida celestial, sobretudo reduzem seus currículos de reencarnações e conseqüente de provações. É uma opção factível a qualquer ente. E não concebo lógica na troca de uma vida passageira por uma eterna, segundo absolvemos espiritualmente como seres viventes e crentes num seu Deus que ao final é o de todos os nós e da natureza.

Analisemos: Porventura se já é adulto, está claro que viveu o passado da sua vida física de neném, infância, adolescente, etc. Aliás, acontecimentos do passado que todos, de uma maneira geral, se lembram r recordam. Do passado, se incorreu em erros é estultice se ficar remoendo-os no presente. Eles serviram de alicerce para que não mais os repitam, sequer no mínimo por duas vezes. Ao contrário, os acertos deverão ser relembrados e aprimorados no seu processo evolutivo. Em nossa vida corporal freqüentamos a escola para aprender, mas é bom se salientar que a “escola da vida (experiência)” é onde se muda a roupa da via teórica para a vida pratica.

Há um ditado popular: “Topada é que faz se cair pra frente”. Observe a profundidade psicológica dele. “Cair pra frente”, isto se concebe que ao se movimentar o corpo pra adiante se está dando um ou mais passos pra frente, isto é vencendo os espaços.

A diferenciação da existência como “alma” para a espiritual é que como alma pode-se construir os bens materiais, passo a passo, ou melhor do passado a passado, para desfrute do presente e no futuro até o tempo incerto e breve da vida; também como “alma” se pode alicerçar, com a prática do bem (que não tem teoria) com os mesmos passos, o futuro eterno e celestial, com menos ou mais ou nenhuma reencarnação de provações. Quanto maior o crime maior a sentença. Temos um exemplo agora do passado e que agora estão sendo revividas dolorosamente pelo ex-presidente da Republica, José Sarney, atual presidente do Senado. Suas ações no passado estão lhe envergonhando e constrangendo no presente na vida carnal. Seu espírito nessa altura se sente torturado pelos acontecimentos que mancharão seu currículo espiritual.

Eis porque discordo dos que alegam que não se vive do passado. Indiscutivelmente, todos nós vivemos do passado. Claro, é um desgaste mental e físico se remoer erros cometidos nele. Tais deslizes deverão ser transformados em alicerces para os acertos no presente, cujos efeitos serão futuros.

Quando se constrói um edifício se admira e exalta a beleza e a perfeição da obra e não os entulhos das sobras dos materiais os quais deveriam ser bem aproveitados na sua aplicação. Uma obra fincada em sólida base pode não ser eterna, mas perdurará por séculos. Exemplos: Ruínas da antiguidade, incas, egípcias, astecas, etc.

Devo lembrar que os bens materiais não significam bens espirituais, porque eles não compram a vida, não compram a saúde, não compram o amor e muito menos a felicidade.

Iran Di Valencia
Enviado por Iran Di Valencia em 16/07/2009
Reeditado em 22/07/2009
Código do texto: T1702144