Palavrão

Você quer apanhar na boca??? Não quero mais ouvir você falando palavrão!!!! Quem foi que te ensinou isso??? Quem nunca escutou isso quando criança ou até mesmo já disse isso aos próprios filhos ou netos??? Na infância, onde tudo que a gente faz ou fala é “bunitinho”, sempre tem alguém disposto a nos ensinar a dizer algum palavrão e nós sem saber os seus significados repetimos para divertir os outros, quando maiorzinhos, ainda sem saber direito o significado, falamos escondidos para os nossos pais não ouvirem. Já com dez, onze anos já estamos em pleno contato, principalmente na escola, onde outros coleguinhas falam indiscriminávelmente, fora a confusão para os pais explicarem porque se chama PALAVRÃO, sendo que muitas palavras não chegam a sete ou oito letras e uma tem apenas duas.

Quando começamos a entender o sentido de cada um e equiparamos com o seu sinônimo, percebemos a conotação e o motivo de tanta repreensão dos mais velhos, alguns ficam envergonhados e deixam de falar próximos deles, outros acabam adotando de vez e incorporam ao seu corriqueiro vocabulário. Curiosamente o utilizamos para expressar em quase tudo, na felicidade, no nervosismo, na ansiedade, na intimidade, no susto, quando nos machucamos, na escrita, ou seja, como o “Bombril” tem mil e uma utilidades. O interessante é que a maioria é oriundo dos portugueses (óbvio), mas em outros idiomas tem outro significado, no Brasil, por preguiça ou para dizer mais rápido, foram sendo abreviados durante os anos (como quase tudo aqui) e muitos já utilizam só as siglas, alguns palavrões até confundem, pois não sabemos se usamos o “O” ou “U”, para terem uma ideia resolvi brincar um pouco com os mais populares (conhecidos) colocando a frase inteira, como está, a sigla e como ficaria se fossem trocadas por palavras do mesmo sinônimo:

- “Vai para a p...que te pariu – VAI PRA P...QUE PARIU - Pqp - Vai para a “prostituta” que te deu a luz”

- “Vai tomar no meio do seu c... – VAI TOMÁ NO C... – Vai tomar no meio do seu ânus”

- “Seu filho (a) de uma p... – SEU FILHO (A) DA P... – Seu filho (a) de uma prostituta”

- “Vá se fo... – VAI SE Fu... ou VAI SE Fo... – Vá manter uma relação sexual”

- “Caralh... – CARAI ou CARAIO – Pênis”

- “B...eta – BuC... ou BoC... – Vagina”

- “Que p...rra é esta? – QUE P...RRA – Que ejaculação”

- “Siririca – SIRIRICA – Masturbação feminina”

- P...nheta – P...NHETA – Masturbação masculina”

Lendo cada um destes, realmente parecem ser bem chulos e tantos os originais quanto os “genéricos” não são bonitos de se reproduzirem, principalmente em público, e até compartilho com algumas opiniões, que de tão feios “as mulheres só poderiam reproduzir apenas um, uma vez na semana”, infelizmente eles estão ai, incorporados pela sociedade, alguns até inclusos nos dicionários. Agora se devemos ou não ensinar as crianças por acharmos “bunitinhos” repetindo, se devemos reproduzi-los aleatoriamente em público ou se acrescentamos ao nosso enorme mundo de palavras só nós poderemos saber.

Regor Illesac
Enviado por Regor Illesac em 24/07/2009
Código do texto: T1716267
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