AS AMIZADES SÃO ETERNAS, TAMBÉM...

Esta semana nós comemoramos o Dia do Amigo. Recebi muitos e-mails, telefonemas, abraços, mensagens, etc. Daqui, agradeço e retribuo o carinho de todos – aqueles que eu conheço fisicamente e, principalmente, de todos aqueles que, mesmo não os conhecendo pessoalmente, se fizeram amigos através da rede mundial de computadores. Os chamados “amigos virtuais” e globalizados.

E, depois de todas as manifestações recebidas, eu parei para pensar sobre o verdadeiro sentido da palavra amigo e sua representação em nossas vidas e o quão importante é essa relação de carinho existente entre duas pessoas - ou mais –, na maioria das vezes, do mesmo sexo. E, é claro, nas reflexões feitas, as lembranças são inevitáveis. Por isso, eu cheguei a uma conclusão: a verdadeira amizade, apesar de eterna, é feita de períodos e de classificações.

Sim. Lembro-me perfeitamente de todos os períodos onde, de fato, eu pude chamar - e considerar - um semelhante meu de amigo. Não que isso implique em dizer que todos aqueles que conviveram comigo não fossem pessoas queridas, que merecessem o adjetivo "amigo". Não, não é isso. É que ter um amigo é quase como ter um irmão, ou um pai, ou uma mãe sobresselente.

Assim, eu me fiz, de novo, criança e me vi percorrendo o chão da minha rua, esta de terra batida, ao lado de quatro amigos: Haroldo, Walter Lúcio, Francisco Segundo (in memorian) e Neto de Muliquinha (in memorian), onde nossas tardes e noites da semana eram divididas entre as brincadeiras de bandeirinha, jogo de castanha, futebol de bola de pano e tique-tique. Aos domingos, a diversão era dividida entre o religioso e o profano: missa na catedral, às nove horas e, depois, vesperal no Cine Pax, às dez horas, onde quem recebia os “ingressos” era o saudoso porteiro Balão. Essa amizade, entre os cinco, durou até a mudança de endereço – de todos. Uns foram morar no norte, outros no céu e, somente eu – apesar de mudar de bairro -, continuei por mais tempo na mesma cidade.

E foi na adolescência que eu conheci mais alguns amigos. Uns de farra (Manoel de Seu Nias, Moacyr, Ricardo do Paralelus, Altemir e Manim de Expedito Bolão são alguns deles) e outros de companheirismo (Chico Balacu e Júnior de Epitácio) e, um pouco mais perto do final da adolescência, Sebastião de São Tomé – já na cidade de Açu -, um amigo de farra e de companheirismo.

Na fase onde o fervor da aventura e, algumas vezes, a irresponsabilidade da juventude dividiam o mesmo espaço, Fernando de Mirandópolis, Pedro de São Luiz do Maranhão, Antonio Salgado e Edison Antonio foram as companhias que mais me deram o equilíbrio para um período conturbado e cheio de indefinições profissionais.

Mas, tudo na vida passa e, como não sou diferente dos demais, as minhas rebeldias cessaram (como por encanto) e eu me vi percorrendo os caminhos da maturidade. E, neles, um amigo que até hoje faz parte da minha admiração: David de Medeiros Leite. Uma amizade que se fazia percorrida, todos os dias, da Rua Idalino de Oliveira até a Av. Rio Branco, com direito a boas trocas de questionamentos. Um ótimo amigo.

Depois disso, vieram os amigos da educação. Esses são muitos, mas eu posso resumi-los – sem medo de ofender, em omissão, os outros, com os nomes de Nilson (o bonitão), Ercílio, Bernadete, Luiz (o homem mau) e Nenê.

É claro que não poderiam faltar os amigos da religião – todos os irmãos em Cristo -, representados por: De Lourdes e Chico Mariano, Aires e Silvinha, Rosivalton e Josilene, Romualdo e Idercleide e Gileno e Katiuscia.

Por fim, as amizades atuais. São poucas, porém com todas as qualidades das outras, sem mais nem menos: Mário Gérson (amigo, irmão e filho – segundo ele), Antonio Carlos Schubert e Neto Queiroz.

Isto, em hipótese alguma significa dizer que não existam ou não existiram mais, muito mais amigos, na minha vida. Com certeza existem ou já existiram muito mais. E, deles, os mencionados ou não, o que eu posso dizer é que eu sou grato por essa perfeita comunhão de dependência recíproca, coleguismo, lealdade e compromisso fraterno que existe entre nós. A todos, um abraço de amizade eterna...

 





Obs. Imagem da internet


Raimundo Antonio de Souza Lopes
Enviado por Raimundo Antonio de Souza Lopes em 26/07/2009
Reeditado em 06/12/2011
Código do texto: T1719771
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