A CENTÉSIMA DO RECANTO

Acabei de ler na internet, que na história do futebol internacional somente Pelé e Romário, conseguiram chegar aos mil gols. Eu não sou atleta e nem entendo muito de futebol, mas com esta crônica que estou agora produzindo, lanço na rede “Recanto das Letras”, meu centésimo gol.

Acho que nesta minha praia eu tenho muitos parceiros meio profissionais e meio amadores, como eu, que perderam a conta das goleadas. Não sei se chegaram a ultrapassar o número 1.000 do “Rei” e do “Baixinho”. Nem de longe quero me comparar com estas grandes estrelas, mas a emoção que sinto neste momento ao publicar a crônica “cem”, neste portal, é tamanha, que não sei dizer o quanto. Na verdade, sentimento não se mede, se sente. Mil ou cem, rei ou rainha e baixinho por baixinha são muitas emoções como diria o outro “Rei”.

Se vocês não entenderam “o baixinho”, refiro-me a minha estatura que mereceu até uma música do Roberto Carlos - “Mulher Pequena”. Isso sem falar nos inúmeros provérbios que só “enchem a bola”, daqueles de estatura minúscula. “Quem não é o maior, tem que ser o melhor”. “Nos menores frascos, estão as melhores essências”.

O Senador Mão Santa, parnaibano como eu, no dia 17 de abril de 2009, fez seu milésimo pronunciamento no Senado Federal. Segundo o jornal “O Dia”, de 18 de abril do mesmo ano, ele é o primeiro senador a fazer mil pronunciamentos em apenas um mandato parlamentar. Ele comemorou este evento compilando em um exemplar trechos de seus discursos intitulando a obra de “Mil vezes Mão Santa. Nesta ocasião outro conterrâneo meu, também senador, Heráclito Fortes assume a tribuna do congresso e diz: “no momento em que V.Exa. realiza seu milésimo discurso, o seu companheiro aqui e administrador se esforça para chegar ao centésimo. Não sei quando vou conseguir.”

Mas voltado à história da centésima crônica, esta marca é para mim histórica, agora, contrariamente dos dois atletas, isto não representa fim de carreira, eu ainda tenho muito coisa a pintar, a bordar, a desenhar, a deixar dito com as palavras. Ora falando de alegria, ou de tristeza, de amor ou decepção. Às vezes descrevo coisas que aconteceram com nomes diferentes, outras invento, deixo fluir a imaginação. É sempre assim um poeta, ele vive ele conta, ele fala e às vezes cala.

O atleta pára porque o corpo pede o poeta só precisa da alma e da visão, por isso ele está sempre em ação, escrevendo, observando, contando em versos ou pintando com palavras. A matéria do poeta é a vida, dizia Aristóteles, e ele vive, ama, sofre, é feliz, se apaixona e escreve. Vibra quando recebe um elogio, os comentários deixados pelos leitores do recanto, são combustíveis para aqueles que lá escrevem.

Obrigada pelas doces palavras de elogios especialmente dedicadas a mim. Não sei exatamente quantas crônicas já escrevi, mas neste portal publico agora a número 100. Se continuarem me incentivando eu chego ao número 1.000, ou quem sabe a 100.000. Depende de vocês!

“A poesia é eterna,

A arte universal

Leitor, o ente que torna

O escritor imortal” (Clementino Neto).

Maria Dilma Ponte de Brito
Enviado por Maria Dilma Ponte de Brito em 02/08/2009
Reeditado em 02/05/2020
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