Artes aladas

Eu sou como a rocha firme e sólida! Aguardando ser moldado pelos vendavais invisíveis! Não tenho dúvidas que estes ventos esculpiram novas poesias! Eu sou como a pedra branca polida pelos temporais assíduos e apressados para terminarem suas artes.

As artes concluídas trarão uma nova face à terra dos sonhos premidos pelos ventos, açoitados pelos jatos de areias pelos quatro lados desabrochando a cada sol nascente, a cada gemido a cada suspiro dos ventos cortantes transformam palavras em diamantes.

E nesta lavra dos ventos, noites ao relento a arte alada está pronta para voar! Vendavais lapidaram-me dando uma nova forma me impulsionaram para o novo! Cortaram as azas da bela adormecida. Quando pensavam que ela estava empobrecida foi acamada numa pedra fria, ela ressuscitou numa poesia. E todos se encantaram com os ventos que sopraram nos sertões veredas.

No mundo das ilusões o palco das grandes paixões eu também estive lá. Foi quando ansiando pela minha mocidade acordo com o jangadeiro conduzindo-me para receber as chaves da cidade.