Sogra...

Sogra!!! Olha não sei quem inventou, mas só de ouvir já trás arrepios, não tem como não relacionar a palavra “sogra” com alguma coisa ruim, a primeira impressão é de uma bruxa, só esperando a gente pisar na bola com a sua queridinha filha (ou filho no caso das mulheres) para vir gentilmente nos servir uma bela maçã “envenenada”, sei lá quando iniciou este processo cultural de, digamos sermos alérgicos a ela. Tudo bem sempre vai ter alguém dizendo que a sua sogra é um "anjo", pode até ser, mas no fundo, lá no fundinho, tenho a certeza que você fica receoso ao ter que encará-la, principalmente se “pisar na bola”, esse anjo pode transformar-se num belo capeta de saias, por isso queira ou não, sempre desconfie, mantenha um pé, ou melhor, uns passos bem distantes, para não correr o perigo de “sem querer, querendo”, acertar o calo dela.

E quando resolver ir morar com a sogra, seja lá o motivo, meu Deus, aconselho primeiro procurar uma benção, independente da religião, depois rapidamente, se possível, uma casa, em alguns casos o melhor mesmo é pagar aluguel. O meu “genrinho” ou minha “norinha”, dura até o momento que começa a causar (desce o santo nela) desconforto a ela, nada lhe agrada mais, se faz reclama, se não faz reclama da mesma maneira, e você educado (por estar morando de favor) suporta “numa boa”. O chato disso, é que muitas vezes o “cunhadão” que só a primeira sílaba já indica o “mala” que é, aproveita das circunstâncias e usufrui da sua casa, a sua “sogrinha” querida, acha lindo e maravilhoso, isso sabendo que você tem razão, o recado é bem claro e mais direto impossível: “não está contente, rua, vá pagar aluguel”. Ganhando um salário mínimo??? Melhor fingir que está tudo bem, afinal é melhor um “cu” (abreviação de cunhado) enchendo o saco, do que ouvir a mulher e a mãe dela resmungando: “ninguém mandou embora, saiu de casa porque quis, agora fica aí pagando aluguel e passando fome, não criei minha filha para viver desse jeito”. Haja paciência!!!!!!!!!!

Aí lá vem vocês de novo dizer que estou exagerando, estou traumatizado, nada disso, muito pelo contrário, afinal a minha mãe também é sogra!!! Como poderei falar mal da própria mãe??? Que destino Deus deu as mulheres, serem abençoadas por nos darem a vida e a vida das nossas mulheres, quer dizer, da nossa mulher, e ao mesmo tempo ser crucificada, simplesmente por ser a mãe da nossa esposa (ou do maridão para as mulheres), e receber o nome de “sogra”. Será que se chamássemos com outro nome, teria a mesma repercussão que tem com a palavra “sogra”??? Ou só o motivo de ser a mãe, a protetora, dos nossos conjugues, já basta para criar esse desconforto em nossa mente??? Engraçado que as próprias mulheres falam mal das suas “sogras”, mesmo sendo mulheres, como podem concluir não há nada de machista, tanto um quanto outro não gostam da sogra e ponto final.

E o pior que com essa revolução nos casamentos, acabamos enfrentando não uma, mas várias “sogras” no decorrer da vida, umas mais “legais” (se é que alguém acredita em Papai Noel), outras mais ou menos (Como nota de cem existe, mas quase não encontramos no mercado) e a “xaropona” (aquela que nada como a bondade divina para levá-la ao seu encontro o mais rápido possível). No meu caso, peço a Deus todos os dias que me abençoe e dê a oportunidade a minha sogra de conhecê-lo mais cedo, principalmente por ser ela uma fervorosa cristã. Brincadeira, oh pessoal, eu adoro minha sogra, ela na casa dela, de preferência dormindo, e eu na minha casa, bem longe. Brincadeira de novo, “eu amo a minha sogrinha”, assim como vocês também devem amar as suas. Está bem pessoal, eu sei, mentira tem perna curta...

Regor Illesac
Enviado por Regor Illesac em 20/08/2009
Código do texto: T1763649
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.