O LAGO DOS GATOS E DOS SOLDADOS

Existem muitas coisas que nos faz soltar um palavrão. Entre elas queimar o dedo, entornar o leite no fogão, sujar a roupa de pasta de dente e etc. Mas o pior é queimar o dedo, pois este fica doendo um tempo. A pasta de dente, dependendo de onde, tem jeito de tirar e continuar com a mesma roupa. Mas o leite entornado no fogão te faz sujar a mão para limpá-lo e enxugá-lo, dando um trabalho inevitável. Até a vasilha do leite entornado é mais difícil de lavar.

Imagina ficar olhando este leite sem se encontrar no lago branco formado por ele. Lá onde os gatos bebem do líquido precioso. Você pode viajar com sua mente e avistar os gatos se aproximarem do lago branco para tomarem do leite assim como os soldados das guerras se aproximavam de rios para se refrescarem. Mas agora você está lá do outro lado da margem a olhar para eles que sequer lhe percebem a presença. Uma hora você vê os gatos e outra hora você vê os soldados.

Você tem vontade de gritar para os gatos: - hei! Caiam fora! Preciso limpar o lago. Ou você gritaria para os soldados: - Hei! Cuidado com este lago. Ele tem veneno de gato! Mas surgem momentos de medo. Pensa em correr dos gatos ou dos soldados como se eles fossem lhe perseguir. Uma coisa você sabia: Não correria em direção ao lago. Nada de morrer na nata branca, assim como não estava em seus planos começar a limpeza daquele fogão.Mas lá estava o lago formado pelo leite e sem jeito de fugir da travessura mesmo sem gatos ou soldados vindo. A mente também nos oferta o imprevisto.




Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 08/09/2009
Código do texto: T1798708
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