Viva o Rio...Asa Delta será esporte olímpico

Falando em Olimpíadas, é bom lembrar que o primeiro maratonista, lá na Grécia antiga, morreu ao fim da prova. É realmente um contra senso correr mais de 40 quilômetros sem parar. Dizem que é bom, que dá barato, pois o corpo libera as famosas endorfinas, uma espécie de êxtase auto produzido, sem ter que dar explicações a ninguém. Só poderia ser, correr tanto tem que ter alguma recompensa, e o ouro olímpico só vai para um único competidor, o primeirão. Os outros, mesmo com cara de estarem agonizando, estariam gozando as delícias das endorfinas.

Eu, como não sou atleta, gozo pela televisão. Aliás, quase tudo o que o cidadão comum vê na vida é pelas televisão. Com ela cheguei à lua, vi várias copas e olimpíadas e maratonas sem sair da minha sala, algo para fazer inveja no Xavier de Maistre – é assim que se escrever?- em seu inesquecível livro, “Viagem à roda do meu quarto”, o primeiro viajante no tempo da imaginação.

E assim, a nave vai. Breve veremos aquelas ginastas fazendo as suas incríveis evoluções no cavalo-de-pau, nas barras assimétricas, no solo, algo que nenhum animal seria capaz de fazer.

Para os animais perdemos apenas na ginástica aérea, pois voamos com muito custo e ruidosamente, nada parecidos com a graciosidade do vôo dos pássaros, e com as ascendentes dos urubus.

A propósito, não seria a hora de colocar como esporte olímpico o vôo de Asa Delta. Aproveitando as Olimpíadas do Rio? Já pensaram o espetáculo das asas deltas pousando em São Conrado? Tudo pela tevê, é claro.