Nesta época do ano, quando não posso me deslocar pra Belém do Pará, fico numa tristeza, pois no segundo domingo de outubro, Belém a Princesa da Amazônia se veste de gala para a grande Romaria em homenagem a sua padroeira Nossa Senhora de Nazaré. O evento a que chamamos Círio se origina do latim Cereus que significa vela grande, a luz que ilumina todos os devotos da Santa.
A procissão se desloca da Catedral até o Largo onde está a Basílica, durante o percurso mais de dois milhões de fieis vindo de todas as partes não só da Amazônia, não só do Brasil, mas do mundo todo, acompanham com fé e devoção, essa que já se tornou uma das maiores demonstrações de fé religiosa.
A cidade se enfeita, o cheiro das comidas típicas emanam de todos os cantos, não há rico não há pobre que em sua casa não tenha preparado uma panela fumegante com o gostoso pato no tucupi, ou a deliciosa maniçoba, comidas típicas de lá e de origem indígena, meus olhos se enchem d’água quando vejo as imagens mandadas por amigos ou mesmo nos noticiários. O traço mais marcante da procissão é a famosa corda, onde os fieis se agarram na certeza de que ela é milagrosa, a mesma tem 400 metro de comprimento e o esforço pra tocar na mesma vai ao limite. Bonito de ver também a população ribeirinha chegando nos seus barcos aos portos de Belém, com seus paneiros (tipo de cesto) repletos de patos gordos para o preparo do famoso pato no tucupi.
O Círio de Nazaré para o povo Amazônico é a festa maior, suplantando ate mesmo as festas natalinas, Ah e como a cidade fica bonita, uma energia mágica no ar, o cheiro característico da Avenida Presidente Vargas chega ate mim aumentando ainda mais minha saudade.
Salve Nossa Senhora de Nazaré, Salve Nossa Senhora Aparecida, Salve o dia de nossas crianças.
A Imagem que ilustra o texto e o de Nossa Senhora de Nazaré em sua berlinda.


Elsy Myrian Pantoja
Enviado por Elsy Myrian Pantoja em 09/10/2009
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