A mulher e o silicone

Mania infeliz, esta do silicone, que não vai durar muito. Os males começam a aparecer.

Como se fosse uma experiência de laboratório, a mulher repentinamente só está na moda se for “turbinada”. Seios horrorosos, com o produto em quantidade alta, disformes, parecendo bolas, traseiros tanajuríssimos, neologismo que acabo forçosamente de criar, lipoaspiração para valer, e lá vai ela, na praia com o seu minibiquini, nos shoppings com a calça justa e o salto dez, blusa audaciosa.

Até alguns anos passados, seria vista como uma prostituta mal-paga. Hoje é moda, grande parte das mulheres está assim.

Parece que o bisturi que mudava narizes, retirava rugas, alterava bocas, não é mais tão importante como um farto par de seios que parecem querer escapar das blusas ou vestidos.

Eu pessoalmente conheço três casos que o silicone arrebentou, fazendo um estrago nos seios. A correção é sempre dolorosa. Não acredita? Pergunte a qualquer médico. É bom evitar o cirurgião plástico.

Interessante. Jamais escrevi crônica como esta. Não estou censurando ninguém, e caso pretendesse, que autoridade tenho para isso?

Claro que a mulher com um nariz de Pinóquio deve fazer uma plástica, como a mulher que tem o peito parecido com o do homem, um silicone razoável vai muito bem. Entrou a estética, não se discute.

Mas um pouco de bom senso é mais do que valioso nestas horas de peitudas e tanajuras.

Jorge Cortás Sader Filho
Enviado por Jorge Cortás Sader Filho em 31/10/2009
Código do texto: T1897325
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