O caminho inverso

Esses dias lendo alguns textos, um chamou muito a minha atenção, “O ciclo da vida”, atribuído ao grande mestre Charles Chaplin, “ele” ironicamente brincava com a morte, defendia a tese que o ciclo da vida estava invertido, deveríamos começar morrendo e depois ir rejuvenescendo até terminarmos num orgasmo, que brilhantemente definiu como a junção do amor entre duas pessoas. Foi então que pensei e depois descaradamente plagiei: “O amor entre duas pessoas também poderia também ser assim”. Imaginem começar com a separação, onde nenhum dos dois abre mão da sua opinião, e terminar com um dos gestos mais bonitos entre duas almas, “o primeiro olhar”. Seria esplêndido e muito menos traumático.

No primeiro instante ocorreria a separação, deixariam de se amar, para depois começarem as velhas brigas, na cama “esqueceriam” de transar, ficando cada um ignorando a presença do outro, com o tempo já não se suportariam mais, tendo a primeira briga que acontece depois de uma leve traição, o coração já não bateria mais como antes, e os defeitos ficariam mais evidentes, tentariam discutir a relação por diversas vezes, procurariam adaptar-se aos defeitos de cada um, acabaria o conto de fadas,e a monotonia tomaria conta, transariam todos os dias, sempre querendo estarem juntos, não conseguiriam viver sem o outro, dizendo “TE AMO” a todo momento, planejariam sonhos depois da primeira transa, seguido do primeiro cineminha, com o primeiro beijo acontecendo, para tudo isso acabar no primeiro olhar.

Quando não se consegue explicar a separação de duas pessoas que se amam, é porque não entendemos a essência do que é o amor.

Regor Illesac
Enviado por Regor Illesac em 12/11/2009
Reeditado em 12/11/2009
Código do texto: T1918812
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