A mulher perfeita

A mulher perfeita alia beleza, inteligência e simpatia. Nada mais, embora não seja pouco. Há a que se aproxima da perfeição. É a mulher que, com inteligência, sabe fazer da simpatia a sua beleza.

A mulher perfeita não precisa ser a mais bela, a mais simpática, a mais sábia. Por ser inteligente, sabe que os excessos a prejudicariam. Que a simpatia em excesso é pouco inteligente, e vice-versa E mesmo a beleza em excesso tende a ser pouco simpática.

A mulher perfeita é espirituosa. Rio muito ao lado dela. A ironia poderia ser um quarto elemento necessário à perfeição, mas prefiro considerá-la um produto da inteligência. Bela, inteligente e simpática, a mulher perfeita é pouco afeita ao não. Só um homem à beira da infantilidade lhe diria não, mas ela tampouco tem algo a pedir do homem infantil.

Poderia chamá-la de mulher ideal, de mulher dos sonhos. Mas são definições que carregam um sentido de distância, o que não é o caso. A mulher perfeita não está longe. Sequer deve haver vida longe dela. Se há, é com tristeza que me dirijo aos que vivem longe. E digo: Amigos, só a mulher perfeita dá sentido à vida.

A mulher perfeita fala bonito, ri facilmente e, quando necessário, atinge o nobre silêncio com precisão. Quando chega a noite, ela descreve como foi seu dia, e é fácil parar pra ouvi-la. Pois estar com ela é dar prioridade tão somente a ela. É a mulher perfeita. Não tem contra-indicações.

Andrei Andrade
Enviado por Andrei Andrade em 13/11/2009
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