Algo a ser sempre lembrado

Há coisas que devemos sempre nos lembrar.

Lembrar de como se anda de bicicleta, como virar cambalhota, dar salto mortal, virar estrelinha, comer lasanha. Lembrar do gosto do chocolate, de como é bom se sujar de manga, fruta do conde, terra, infância e alegria.

É importante se lembrar da canção de ninar, da cor dos raios de sol na piscina do clube, do riso sem compromisso e espontâneo.

É quase tão imprecindível quanto oxigênio, que se saiba dançar ao ritmo do vento, que se saiba rir do não saber, do perder, do impossível.

Rir é um santo remédio. Remédio de alma, que lava o coração.

Chorar também é bom. Quando era pequena, esfolava o joelho e ia andando pra minha mãe. Passos incertos. Bastava um beijo, um assopro e um pouquinho de merthiolate ( que na minha época ainda ardia).

Hoje corro pra um ombro amigo. Esse ombro as vezes é o da mamãe. Mas minha dores não se curam mais com beijos e assopros, e creio sinceramente que não se faz merthiolate como antigamente.

Deixa isso de choro pra outro dia. Hoje é dia de descer em um eterno toboágua. Sentir um frio na barriga. Beber coca cola, daquela bastante calórica. Hoje é dia de Bailarina.

[Buscar o equilíbrio é difícil, mas viver sem ele é impossível]