Foto: Heather Elaine Kitchen - liberada para download - site: http://www.stockvault.net/
A MENINA QUE MORA EM MIM
A menina que mora em mim tem medo do escuro, fala sozinha, não mede passos, ocupa espaços que já não são mais seus.
A menina que mora em mim não tem endereço, e-mail, Orkut, facebook ou telefone. Se tem, eu desconheço. Só sei que ela corre pelas minhas veias, circula livremente entre as minhas teias e tem um ótimo astral.
A menina que mora em mim não tem juízo e em alguns momentos é passional. Quando ferida, não se contêm e não se importa de fazer um barulho infernal quebrando o silêncio em pedacinhos e dobrando as esquinas bem pequeninhas.
A menina que mora em mim, se adoece, chora profundo, pensando logo que sua doença não tem cura.
A menina que mora em mim anda descalça nas estrelas, viaja nas nuvens, solta gargalhadas, toma banho de lua, toma banho de rio, molha com prazer os seus pés nas águas da chuva.
A menina que mora em mim tem sede de vida, tem fome de gente, tem olhar de ternura, tem abraços quentes, tem falas mansas, é inteligente.
A menina que mora em mim tem músicas preferidas, sabe muitos poemas de cor, gosta da Ana Carolina, do Caetano, da Virginia Rosa, da Fernanda Mello, da Clarissa Correa, do Fernando Pessoa, do Gustavo Klein, do Jorge Ben Jor.
A menina que mora em mim gosta de rezar e reza sem parar quando a coisa fica preta.
Por um tempo, botei a menina que mora em mim de castigo, ela andou aprontando eiras sem beiras. E mesmo com ela batendo na porta e gritando “deixa eu entrar”, não cedi respondendo para ela “aí fora é que é o seu lugar”.
Minha vida então perdeu o colorido, ficou sem graça, sem sentido, ficou vazia e eu chorei de saudade.
Mas a menina que mora em mim foi perspicaz, ficou quietinha me observando, acompanhando de longe onde eu iria chegar. E de repente, sem aviso, ei-la que surge sorrindo e gritando : “surpresa! posso ficar?”.
A MENINA QUE MORA EM MIM
A menina que mora em mim tem medo do escuro, fala sozinha, não mede passos, ocupa espaços que já não são mais seus.
A menina que mora em mim não tem endereço, e-mail, Orkut, facebook ou telefone. Se tem, eu desconheço. Só sei que ela corre pelas minhas veias, circula livremente entre as minhas teias e tem um ótimo astral.
A menina que mora em mim não tem juízo e em alguns momentos é passional. Quando ferida, não se contêm e não se importa de fazer um barulho infernal quebrando o silêncio em pedacinhos e dobrando as esquinas bem pequeninhas.
A menina que mora em mim, se adoece, chora profundo, pensando logo que sua doença não tem cura.
A menina que mora em mim anda descalça nas estrelas, viaja nas nuvens, solta gargalhadas, toma banho de lua, toma banho de rio, molha com prazer os seus pés nas águas da chuva.
A menina que mora em mim tem sede de vida, tem fome de gente, tem olhar de ternura, tem abraços quentes, tem falas mansas, é inteligente.
A menina que mora em mim tem músicas preferidas, sabe muitos poemas de cor, gosta da Ana Carolina, do Caetano, da Virginia Rosa, da Fernanda Mello, da Clarissa Correa, do Fernando Pessoa, do Gustavo Klein, do Jorge Ben Jor.
A menina que mora em mim gosta de rezar e reza sem parar quando a coisa fica preta.
Por um tempo, botei a menina que mora em mim de castigo, ela andou aprontando eiras sem beiras. E mesmo com ela batendo na porta e gritando “deixa eu entrar”, não cedi respondendo para ela “aí fora é que é o seu lugar”.
Minha vida então perdeu o colorido, ficou sem graça, sem sentido, ficou vazia e eu chorei de saudade.
Mas a menina que mora em mim foi perspicaz, ficou quietinha me observando, acompanhando de longe onde eu iria chegar. E de repente, sem aviso, ei-la que surge sorrindo e gritando : “surpresa! posso ficar?”.