Tudo pelo prestígio

Dizem que a qualidade é tudo. No entanto, quando gostamos de alguém o prestigiamos, independentemente da qualidade de seu trabalho.

Vejam os políticos, quem gosta do Lula vota nele mesmo que ele fale besteira todos os dias, com aquelas expressões repetitivas, aqueles “sabe”, ou “estou convencido”.

Veja o Arruda, violou o painel, chorou, candidatou-se a deputado, ressurgiu das cinzas como governador, e agora nos brinda com esse espetáculo grotesco de dinheiro grudo sendo escondido nas roupas. Então, duas conclusões: tem gente que gosta do Arruda e pwrdoou ele, pois ele foi eleito, depois, parece que o mal do dinheiro escuso é supra-partidário, já que políticos de todos os partidos já usaram e abusaram dos mensalões.

Mas o que eu queria dizer é que perdoamos tudo a um amigo, somos capazes de ouvir o seu choro, de acudi-lo em caso de necessidade, de leva-lo para casa bêbado. Se o amigo lençar um livro, lá estaremos na primeira fila para compra-lo com autógrafo.

Então o que vale não é exatamente a qualidade, mas o prestígio do autor. Você pode escrever as maiores barbaridades que será lido por sues amigos, isto é, aparentemente pois nada garante que o lerão, mas eles dirão que sim.

Já os políticos corruptos não podemos perdoa-los, mas parece que a coisa não é bem assim, já que muitos dos notórios corruptos foram reeleitos .

Fica parecendo que os eleitores os admiram, “homens espertos e sabidos, que roubaram e não foram presos, continuam doutores, ricos e belos, andando em seus carrões e vestindo os seus ternos caros” E nós, reles mortais, continuamos ralando.

Então pra que reclamar? Cada um com a sua sina, estou aqui escrevendo uma crônica esperando que os meus 6 amigos me prestigiem! E juro nunca me candidatar a cargos eletivos, pois com 6 votos não se chega a parte alguma.