GUERRA DOS SEXOS I

O título escolhido para este texto era “discutindo a relação”, que bem traduz a divergência que existe entre homens e mulheres, além é claro das diferenças anatômicas que nos constituem. Ouso afirmar que discutir a relação é uma das causas da chamada “guerra dos sexos”. Porém, ao imaginar que os homens não se sentiriam atraídos pelo evidente assunto, estratégicamente mudei o título para algo mais próximo deles, que possuísse uma palavrinha mágica que faz com que seus olhinhos brilhem: sexo!!

E eu acho interessantíssimo como a maioria dos homens foge de uma boa conversa tal como o diabo foge da cruz. Raros são os homens que se dispõem a ouvir a argumentação feminina para colocar os pontos nos “is”. Tudo isso porque, até onde minha limitada visão acerca da natureza masculina me leve a crer que os homens são mais francos do que nós mulheres, mesmo que pareça o contrário, tenho que dar a mão à palmatória e concordar com eles. Deveríamos agir de maneira diferente, mais direta e prática. Obviamente, esse comportamento não pode ser tomado como via de regra a toda mulherada, até porque somos todos diferentes uns dos outros (generalizando o ser humano). Honestamente falando, os homens possuem uma perspicácia invejável para lidar com situações que nós mesmas poderíamos resolver facilmente, não fosse nosso código de ética às avessas, que nos leva a forçá-los a “ler nas entrelinhas”. Temos o péssimo hábito de interpretar sinais – muitas vezes inexistentes – que nos servem como um bip de alerta para que detectemos que algo não vai bem. Ignoramos que, muitas vezes, eles estão cansados, absortos em algum problema e qualquer outra situação que os impeça de serem sempre galantes conosco, sem necessariamente estarem pensando em outra mulher. E nossa imaginação fértil, muitas vezes abre campo para que tiremos conclusões precipitadas acerca de tal comportamento tido como estranho e, ao invés de contribuirmos para elucidar algum problema, acabamos por criar mais um, até então inexistente.

Homens são óbvios. Podem, no mesmo instante em que trocam juras de amor conosco, desviar o olhar para outra boazuda que cruze por nós na maior das inocências. E as ciumentas que aprendam a conviver com isso, pois por mais discursos morais que possamos proferir, nada vai mudar. Faz parte da natureza masculina, desse infinito instinto de caça, dar a viradinha de cabeça clássica para olhar para outras mulheres. E não adianta negar, a gente faz a mesma coisa. Só que na sutileza, é claro. E morremos negando (ops, aprendemos com eles!). Acho importante salientar que, se amamos loucamente um homem, devemos fazer de tudo para mantê-lo ao nosso lado – isso é, se realmente valer a pena – procurando cativá-los dia a dia, mantendo-nos belas, cúmplices, amantes e amigas. Sem enlouquecer se outra – mais bonita ou mais pelada – passar por nós quando estivermos passeando num lindo dia de domingo. Dói? É claro que dói. Dá a nítida sensação de que não estão contentes conosco e é de uma grosseria quase inaceitável. Mas eles também não precisam conviver com nossos melindres femininos e tpm’s mensais? Então, acho que sobreviveremos a isso. Mulher esperta tira isso de letra. Sem neuras!

Gostei tanto de falar sobre nossas diferenças que quando estava encerrando, decidi pontuar como texto 1. Isso significa que farei uma sequência de ideias sobre nossas discrepâncias, mas no sentido de tentar elaborar um manual de sobrevivência (uma espécie de operação salva relacionamentos). Estou aberta a sugestões e contribuições empíricas!

Beijos e até a próxima!

Patrícia Rech
Enviado por Patrícia Rech em 08/12/2009
Código do texto: T1966724
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