O BOM CARÁTER.

O BOM CARÁTER.

O bom caráter não comete injustiça, ela é a ruína das sociedades e delas se tem formado as leis para reequilibrar a sociedade quando existente conflito de interesses.

Quando cometida contra um homem a injustiça, a ruptura do dever ameaça toda a humanidade, incorpora o campo de manobra das ideias negras, sombrias, dá o primeiro passo do péssimo caráter, pois tudo sonega do dever pessoal e de cidadania.

O egoísta em visão geral, que fere regras simplistas do dever, preferia que o sol fosse de ouro para tentar cunhá-lo, já que perdida está a luz para viver, vive nas sombras, não necessita de calor, pois nega o direito de seu semelhante.

Virtude é reconhecimento por justiça, da liberdade, da individualidade e das aspirações de todos.

Não há como por freios nesses direitos conquistados pelo homem. A tolerância que é mãe da paz tem limite, não pode nem deve ser arremedo para fuga e para a mentira, refúgio de vadios e poltrões, covardes.

O Estado, será sempre acionado, por mais que o Juiz-Estado não retorne com celeridade o equilíbrio da relação violada.

Ninguém pertubará, sem sofrer e fazer sofrer, por essas negatividades, a calma e a tranqüilidade que devem dar continuidade e fazer fluir o indispensável abrigo da vida, ensinado por ordem de direito natural na senda das relações humanas onde o Estado define as condutas.

Ninguém põe barreira no horizonte alcançado sem punição, nem se reduz a distância já percorrida que fez brilhar a luz do convívio sadio.

Da injustiça reparada o injusto deve fazer escola, refletir. Devem lhes servir os olhos para perceber as amenidades do mundo confortadas no amor.

O bom caráter ensina para viver e fazer viver, vive ensinando e ensina vivendo, não prolata discurso sem assunto, tem uma vida de trabalho, vive para a comunhão e o amor, mas não deixa sem reparos a indiferença aos valores descritos como minimamente justos, expulsa os demônios como fez Cristo com os vendilhões do templo, é seu dever, não deve ser um anestesiado expectador do desvalor.

Acorda a madrugada para com grito guerreiro mostrar o que aprendeu e continua a aprender, morrer aprendendo sempre, ter uma vida de utilidade e respeito, por isso nele o broto será flor e o dia noite para abrir a alvorada.

Nunca arrefecerá, mas propugnará pelo que necessitam todos; dignidade.

A humanidade é razão de bondade e expressão universal de vitórias sobre esse pilar, é preciso lutar para mantê-las.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 09/12/2009
Reeditado em 30/06/2010
Código do texto: T1968583
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