Una-se a "ELE"

De todos os sentimentos possíveis que podemos conhecer e claro, senti-los, sejam bons ou ruins, um é insuperável e invencível, primeiro porque representa um ser maior, “ele” é o sinônimo, e segundo por meio dele manifesta-se os outros sentimentos, infelizmente algumas pessoas o confundem e acabam o usurpando e o tornando cúmplice das lamentáveis cenas que homens e mulheres cometem alegando simplesmente terem sido abduzidos, escravizados e manipulados como marionetes, sabemos que nada disso é verídico. Não adianta procurá-lo, não adianta fugir, nem ignorá-lo, nem mesmo inventá-lo, quando menos se espera ele te acolhe sem você perceber, lhe cerca e o aperta numa sufocante aflição, imagina ser aprisionado por arames abstratos, é uma sensação indescritível, ninguém consegue decifrá-lo e é exatamente isso que o torna cada vez mais misterioso, todos querem experimentá-lo, senti-lo correr pelas artérias, ouvir o estrondoso barulho que ele causa dentro de nós.

Fui um felizardo, sou um privilegiado, fui envolvido numa bela conspiração, muito bem planejada por ele, e não tive opções, de coração aberto me rendi, deixei que me trouxesse com ele todos os outros sentimentos que caminham ao seu lado, a felicidade, a PAZ, aquela dorzinha gostosa, a saudade, fui inundado por um oceano de sensações. E podem ou não acreditar, “precisei” abrir mão de tudo isso contra a minha vontade, sinceramente não queria vê-lo escapar do meu corpo que ele já o possuía, procurei inúmeras maneiras de ainda com esperanças mantê-lo, em vão, não tinha mais jeito, ele é duro, inflexível, sistemático, não o julgue e nem tente ou pense ser ou querer ser maior do que “ele”. Foi aí o meu erro, não me entendam mal, longe de eu querer enfrentá-lo, pelo contrário o recebi de braços abertos como já tinha dito antes, imagina renegá-lo, só mesmo sendo um idiota, mas eu precisei ser um, era inevitável, circunstâncias pediam essa minha decisão. Querem um conselho? Se fosse bom não dava, vendia né? Não cometam, ou melhor, não repitam o imperdoável equivoco, sejam bons anfitriões, o convide com um lindo sorriso no rosto a entrar e participar de todos os momentos das suas vidas, o pouco tempo que pude ser o seu companheiro, foram os melhores, guardarei em minha memória para sempre, nem o nosso colega “Alzheimer” conseguirá derrotá-lo.

“Hoje estou convencido que quando arrebatado por ele, não há nada a fazer, apenas “UNA-SE A ELE”, seja pelo menos “AMIGO” do AMOR e do seu amor...

Regor Illesac
Enviado por Regor Illesac em 13/12/2009
Código do texto: T1976301
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