HIPOCRISIA.DISSIMULAÇÃO. MENTIRA.

VERDADE. MENTIRA. HIPOCRISIA, DISSIMULAÇÃO.

Cultura

“O desenvolvimento humano supõe a liberdade responsável....”; “A verdade é maior do que nós...”; e tantas outras razões maiores nos colocam diante de graves questões de didática confundida por muitos.

As enunciadas fazem parte da monumental encíclica “Caritas In veritate” de Bento XVI.

Não se pode aproximar o perfil do ser humano em medidas inexistentes no plano da realidade de fato.

Ou há mentira ou verdade. Não existem meias verdades ou meias mentiras. Ou há mentira ou existe verdade. Se excluem tais valores de comportamento.

Ninguém está sujeito à censura por conduta reprovável se é menos mentiroso em grau sinalizado, não há gradação, pois nunca na história da ética (em regras não coercitivas) se dosou a maior ou a menor mentira, a dissimulação, a simulação e a hipocrisia. A mentira é mentirosa, falta com a basilar verdade.

Qualquer dicionário elementar define mentira como mãe e sinônimo de dissimulação, simulação, hipocrisia, imagem enganosa sobre o objeto considerado.

Quem simula, dissimula, é hipócrita, mente, o hipócrita é sempre hipócrita em qualquer grau. Militar em contrário é ingressar na didática do erro, na pedagogia sem sustentação da filosofia primária. Se movido pelo interesse somos dissimulados, simulando convicções nossas inverdadeirass, projeta-se a maior mentira, fraudulenta em conotação máxima, que busca benefício e adesão do que não cogitamos como positivo ou pensamos, é a fraude de nós mesmos, a pior fraude, a mentira agigantada, disforme.

É preciso estarmos alertas para não submergimos nos pregões que afastam o rito da correção.

Não subsistem mentira convencional nem consenso ao que não é verdadeiro em nosso interior. Ou mentimos e somos dissimulados e hipócritas, ou não mentimos, não há dosagem aceitável.

Se antepomos como verdade o que é nossa mentira que se forja no interesse, pior ainda, pois a personalidade que assim se comporta, inimporta a grandeza da mentira, da hipocrisia manifestada, desce ao mais baixo nível.

E não há para o tribunal dos limpos, no cerne e durâmen de sua consciência, perdão por mentir menos ou mais, ser mais ou menos dissimulador e hipócrita. Dá-se o contrário.

Pior é a mentira que concorda com a inverdade pessoal, movida pelo interesse, do que a mentira costumeira exercida pelo mitômano, sempre um fronteiriço psicopata.

Traz a mentira interesseira a mancha do benefício que não existiria se a verdade fosse declarada, mínima fosse.

Não existem meias verdades e meias mentiras. Quem mente, é mentiroso sempre, se mente sobre suas crenças, sejam quais forem, é mentiroso maior.

“Ignorar que o homem tem uma natureza ferida, inclinada para o mal, dá lugar a graves erros no domínio da educação, da política, da ação social, e dos costumes”. Encíclica Centesimus Annus. João Paulo II.

É necessário policiar nossos credos, assim faço, para não disseminar a didática do erro.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 16/12/2009
Reeditado em 16/12/2009
Código do texto: T1980852
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