VAIDADE E DEPRESSÃO.

Quem corre atrás de quem?

A vaidade alcança a depressão ou esta derrota aquela nessa corrida sem vencedores?

Não há nenhum desses dois fatores humanos colocados em disputa, nascem e estão sempre de mão dadas.

É questão de tempo a altiva vaidade descer de suas alturas e afundar-se na depressão.

Por quê? Por estar ligada a depressão à frustração que ocorrerá, inexoravelmente, quando a vaidade descobrir sua verdadeira identidade que foge em muito da realidade.

Realidade, ficção e depressão são elementos de trinômio perfeito dos que não cuidam de suas verdades.

Se vivemos inflados de vaidade na certeza de que estamos em grau inexistente de nossa realidade, bom dizer, no mundo do sonho que não se realizará, a estrada para chegada da frustração que leva à depressão é curta.

Não é difícil visibilizar na vontade legítima de todos para sonhar a falta de limite que edifica a ponte da irrealidade.

Nela mora o perigo do rio químico que impulsiona a vida se desorganizar e criar rumos e leitos indesejáveis.

É preciso estar atento para fugir da sedução que embala o sonho legítimo de forma a não se chegar em um grande delta depressivo.