Sr. Mandarim

"Era somente uma tarde chuvosa, onde os ventos ao baterem nas janelas, exaltavam os mais belos sons, diferentes, rústicos, similares aos da batida do tambor, como se estivéssemos chamando pelos Deuses, a maior sagacidade, claramente e ilustre som da natureza. Era entardescer, as lojas fechavam as portas, com medo dos trovões, das tiras de água que ali se iniciavam, era mais um dia em Capra, cidade do interior de Battlewfield, onde tudo acontecia, tudo se iniciaria, como mais uma nova saga, um novo querer.

O ano de 1928 foi muito importante na vida de Senhor Mandarim, na verdade o chamavam assim, devido sua graça e louvor, ao andar pelas ruas nos fins da tarde, ninguém sabia de onde vira, sabiam que era um viajante do mundo, conhecia a todos, mas ninguém o conhecia, somente pelo assovio inigualável e diferenciado que tinha, sua bengala, que no topo havia um cavalo, com a cabeça erguida para os céus, demonstrando o mais fúnebre e valente momento que chegara a cidade de Capra, foi nesse ano que descobriu o que era o mundo, razão, o prisma, a ventania, a vida, sendo mais um começo de uma história, de um conto, de uma estrada, uma alma que vagava pelo mundo, conhecia divinas culturas, não sabia se falava do leste, ou do oeste, do norte, sabia que era a sorte, que sempre o acompanhava..."

Marcella Duarte
Enviado por Marcella Duarte em 13/01/2010
Reeditado em 15/01/2010
Código do texto: T2026554