Sou comum

Eu quis o amor. Quis muito o amor dos livros e dos filmes. Das poesias e dos romances. Quis o amor do príncipe Shah Jahan pela princesa Aryumand Begam. Eu quis o amor do Roberto Carlos por Maria Rita. De Romeu por Julieta. Marília e Dirceu. Ceci e Peri.

Quis, sonhei, procurei, tentei , mas não consegui. E sei que não consegui por minha própria decisão. Decisão de apostar em caminhos que não me levaram a este Amor. Caminhos que são escolhas. E em cada escolha se esconde morte e/ou vida. Viver ou morrer depende só de mim... Forte, não?

Mas eu não me sinto vencida ou frustrada. Ou até mesmo desencantada pela incessante busca. Não, foi tudo muito bom. Foi tudo aprendizado. Teve choro, mas também risos. Cada estágio com suas luzes e belezas. Cada momento com lembranças fantásticas e muitas vezes, olho fotos do passado e morro de rir; recordo momentos fascinantes de cada etapa da jornada. Isso me faz bem, me dá calma e paz, sensação de ter estado na vida, de ter participado. Só sinto ter magoado algumas pessoas e a elas, humildemente peço perdão, neste momento.

Esses amores invencíveis pelo tempo e pela memória das pessoas. São cíclicos e raros. Como eu poderia esperar ser uma parcela dessas duplas reverenciadas pelo mundo? Que pretensão! Sou comum. Sou como Dagobertos e Denises. Olavos e Cíntias. Teresas e Antônios. Fátimas e Pedros.. Somos comuns e não pertencemos à classe dos endeusados pelo Amor. Mas temos a responsabilidade disso. Compreendi que não aprendi a amar. Por que o Amor é conforme as leis de Deus. Tem um louvor na igreja que freqüento que diz assim ¨.. amar uma pessoa é querer fazer ela feliz ( sempre busquei ser eu a pessoa feliz..) sem se preocupar em se satisfazer, em esperar algo em troca. Se você quer ser amado, primeiro ame quem Deus lhe deu; se você quer ser perdoado, primeiro perdoe o seu irmão; na Lei de Deus é dando que se recebe! Tudo o que você quer que as pessoas façam para você, faça primeiro a elas, e com você, elas irão aprender! ¨