Fim de festa (ou melhor... uma tristeza após uma bela festa)

O que seria o melhor momento acabou como se evaporasse com um simples manuseio de um bule fervendo.

Era minha festa de aniversário, um corre-corre para poder manter tudo no padrão certo e que todos gostem. Pronto. Tudo feito.

Salgadinhos, docinhos, bebidas e com direito a bolo de três andares e um á parte (sem contar que era aniversário também do meu irmão e da minha sobrinha), músicas diversificadas e com direito até maquina de fumaça.

Dançamos á vontade, recepcionamos a todos como se estivessem em casa, todos comeram e beberam sem faltar nada. Uma linda festa de 18 anos. (meu irmão que faz aniversário no mesmo dia que eu fez 14 e minha sobrinha 7).

Chegou o momento dos parabéns. Fiquei preocupado porque saberia o que poderia acontecer. Acendemos as velas, cantamos parabéns e como tinha muita gente chegaram a cantar o “É pica... É pica...”, e vocês já sabem o resto. No momento achei engraçado todos nossos amigos reunidos, mas por outro lado, fiquei um pouco ressentido pelos meus pais que tem uma criação conservadora e até mesmo pela minha sobrinha que é uma criança.

Todos comeram o bolo (com recheio de mousse de abacaxi) e voltamos a dançar. Fui para o meu quarto com dois amigos. Conversamos sobre algumas coisas, e minha amiga, que já estava prá lá de Bagdá, ou seja, louca, começou a contar coisas insanas. Até então tudo bem, estávamos zoando entre amigos. No entanto, tudo mudou quando meu outro amigo, que faz teatro comigo chegou.

Eles nem se conheciam, e em menos de cinco minutos começaram a se beijar, como me senti meio que deslocado me retirei do quarto junto ao meu amigo e fui para o local onde estava rolando a festa.

De repente, minha irmã grita e pede para que eu tire aqueles dois do meu quarto porque estavam quase fazendo sexo. Vê se pode. Onde está o respeito?

- Wellington, tire aqueles dois dali porque se não eu tiro eles a força – ela me disse enfurecida.

- Mas por quê? – perguntei.

- Os dois estavam quase transando no quarto e ela lá com os peitos pra fora e ele chupando os peitos dela... A Julia pegou os dois... Como acha que ela se sentiu na hora?

Entrei em choque. Desci as escadas correndo e peguei-a pelo braço e levei até a cozinha. Falei poucas e boas, minha irmã quase pegou ela pra bater de tão chateada que ela estava. No momento não me veio à situação, mas sim, o que meus pais iriam pensar de mim, porque se meus amigos são assim, eles podem pensar por um momento que eu também era. A única coisa que ela falou foi “Me desculpe, no calor do momento esquecemos onde estamos. Mas não se preocupe não passou de nada. Sou criada em uma casa de evangélicos e ainda sou virgem”. Vou fingir que acredito. Desculpe-me os evangélicos, mas se ela realmente for, é aquele do rabo quente, que diz ser uma coisa, mas é realmente outra.

Fiquei realmente chateado, por que estava correndo tudo bem (uma amiga da minha irmã saiu da festa chorando de felicidade dizendo que não tinha ido a nenhuma outra igual aquela e que tinha se divertido muito), e ai vem um bando de FDP e faz isso com a minha festa? Sei que fui o culpado por isso, pois deixei eles ficarem no meu quarto (o pior que foi na minha cama), contudo, não podemos premeditar nada.

Além disso, sem dizer que apareceram pessoas na festa sem serem convidadas que eram amigos, de amigos de amigos que eram meus convidados e aproveitaram como se fossem parte daquilo, como tenho respeito, não ia pedir pra que eles se retirassem dali. Ia pegar mal pra mim. Meus pais gostaram de muitos amigos meus outros não, pois extrapolaram um pouco além da média.

Só sei que independente de tudo minha festa de 18 anos foi uma maravilha e correu tudo bem, em partes, ocorreram algumas falhas mais faz parte. Fazer o que, faz parte da vida, o bom que todos se sentiram em casa e saíram falando bem. Pelo menos teremos uma história a mais pra rir quando relembrarmos do que aconteceu naquele dia e fim de festa.

Well Rianc
Enviado por Well Rianc em 01/02/2010
Código do texto: T2062788
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