Fins são sempre acompanhados de Angústia e Dor

Lembro-me de ter sentido uma angústia dilacerante todas as vezes que terminei relacionamentos julgados por mim, importantes.

É uma dor tão intensa, tão profunda, tão íntima, que chegamos a sentir que ninguém pode tirá-la de nós. É uma dor que parece interminável e irremediável. É como se não tivéssemos pernas para fugir dessa dor, nem braços para arrancá-la do nosso coração.

Nesse momento, nos sentimos amarrados, sozinhos, no fundo do poço mais fundo do mundo. Nos sentimos totalmente impotentes diante dessa dor que parece nos consumir por inteiro.

Surge então um misto de ansiedade com o medo: a ansiedade de querer que passe logo, e o medo de que nunca mais vai passar.

Exatamente nessa hora em que percebemos que ninguém pode nos ajudar, a não ser nós mesmos, é o momento certo para percebermos que devemos encarar a nova realidade de frente, usarmos a força interior que todos nós possuímos, mas nem todos temos a devida consciência de sua existência.

Sei que tudo tem seu tempo, e cada pessoa precisa de um momento para digerir tal dor e reagir a ela. Então, depois de tanto sofrimento, não é mais o momento de continuarmos apegados à frustração, à dor, ao medo, ao sentimento de rejeição, muito menos de permanecermos chorando, sofrendo, nos lamentando, é a hora certa para a reação, hora de virar a página, mudar a rota, construir novos sonhos, estabelecer novos objetivos, criar novos parâmetros de felicidade.

Ser feliz consiste em termos sempre objetivos a fim de alcançá-los, e perspicácia para perceber que objetivos mudam ao longo de uma vida que é essencialmente dinâmica.

Enquanto ficarmos apegados a objetivos que não foram alcançados, mais tempo estaremos perdendo para alcançar os próximos.

Então devemos esquecer de todas as saudades que sentimos, e construirmos novas lembranças.

Vannessa Adryanna
Enviado por Vannessa Adryanna em 06/02/2010
Reeditado em 06/09/2010
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