DE BEM COM A VIDA
Jargão popular muitas vezes ausente do cotidiano, incrível como nos tornamos dependentes da felicidade. A mídia nos ensinou erroneamente que a felicidade é feita exclusivamente de momentos astronômicos rodeados de gente sorrindo, pulando, cantando e gastando.
Depende: há quem se sinta só mesmo rodeado de boas amizades. Há quem não se sente feliz pulando, cantando, gastando. A felicidade é abstrata, não nos dizem essas coisas, querem vender marcas, maquiagens, carros, glamour. Com isso adoecemos. Muitos não suportam a solidão de alguns minutos porque inconscientemente pensam que é preciso ser feliz do modo imposto.
- Imposto por quem?
- Pela maioria ou a minoria que controla a maioria?
- E se controla, controla por quê?
É aí que o trem desanda. Atitudes individuais passam a ser loucuras, uma alternativa diferente passa a ser idiota. Os tolos não enxergam a vanguarda e continuam na mesma linha enquanto os “loucos” são felizes sem necessidade de bajulações hipócritas.
Seja feliz do seu jeito, não é preciso provar alegria para os outros, é tudo um estado de espírito que supera lágrimas e um semblante por vezes fechado em um rosto cabisbaixo.
Viva e acredite nos seus sonhos, não tenha pressa, não tenha medo de ir devagar, apenas faça o que deve ser feito em seu tempo. Não deixe que as horas de um capitalismo maluco pulse dentro do seu peito, respire bons valores e não se assuste com a natureza íngreme.