Igualdade Among us!

Todos estamos aqui. Evidência, fato consumado de nossa própria existência.

Um relógio nos lembra que há um determinado tempo para tudo, que ele passará e você irresponsavelmente sofrerá de suas conseqüências. Às vezes seremos felizes, outras vezes seremos tristes, mas existe alguém capaz de rir todos os sorrisos a ponto de seus lábios secarem até rachar, ou ainda, alguém que chore todas as lágrimas e nunca mais pare.

Como possuir então a felicidade eterna?

Se essa pergunta pudesse ser respondida, certamente valeria alguns bons milhões de dólares e seria disputada mais que ouro ou outro qualquer bem valioso do mundo. Uma bolsa de valores dos sentimentos, o amor sempre estaria em alta, a tristeza em baixa permanente, a alegria disputada entre os povos, a dor banida, a felicidade seria uma corporação internacional e todos seriam corretores em busca de um pouco de cada um deles.

Existe um ditado que diz que o doce só é mais doce porque o amargo existe, talvez uma verdade, um mal necessário que faz tudo estar em seu lugar ou simplesmente justifica nossas fraquezas. Sendo assim, a euforia instantânea que vem após a ocorrência de um fato feliz tende a se estabilizar para que possamos sair em busca de mais sensações como essa, guardadas em nossa memória, podendo acontecer de muitas maneiras e intensidades, até com o efeito ao contrário, mas é sempre bom desmistificar que não somos ilustrações finais de um livro de conto de fadas com a costumeira inscrição,... E foram felizes para sempre... Graças a Deus!

O exterior nos visita, e somos os exemplos de tudo o que queriam ser, tolos que não percebem o sentimento recíproco. Afinal, pessoas são caixas de surpresas que mesmo decoradas ao extremo ou simplesinhas podem revelar o inesperado.

Aparentemente nada nos falta, seria então a necessidade do simples, de desfazer os noz e olhar com mais atenção para uma manhã de sol e vento leve. Perceber que os sorrisos mais singelos e felizes não estão nos rostos daqueles detentores de sucesso e poder, nas capas de revistas, no primeiro da turma, naquele que palpita sem compreender, na intromissão que tanto buscamos, e sim naqueles que jamais poderíamos imaginar, tão próximos que não conseguimos nem enxergar. Enquanto isso, entre quatro paredes pessoas levam vidas cinza chapiscadas de rosa. Aderem ao sorriso de Monalisa, vazias por dentro, perdidas em si próprias, sem o início do fio, onde eram iguais a todos os outros, sem o final, enroladas demais em ilusões e impressões para recomeçar.

E finalmente quando percebermos tudo isso ao nosso redor, poderemos deitar e dormir em paz, como no primeiro dia de nossas vidas, quando incompreensivelmente demos nosso primeiro sorriso de bebê, cheio de felicidade e alegria e pudemos fazer sem uma razão precisa muita gente verdadeiramente feliz.