REFLEXÕES CONTEMPORÂNEAS ...

Estamos na época do self–service (da entrega do fácil, do tudo pronto)... Infelizmente, não tem sido considerado que, algumas coisas ESSENCIAIS não precisariam (e nem deveriam) serem descartados, especialmente na área das relações humanas significativas e duradouras...

Entendemos que, da mesma forma que o PRESENTE tem seu alicerce no PASSADO, o FUTURO deve ser alicerçado no PRESENTE e, isso não tem sido considerado... O desastre nas relações humanas é o tendão de aquiles que demonstra de forma enfática porque existe um vácuo em diferentes aspectos da existência humana no momento atual...

Especialmente, entre adolescentes e jovens, o tipo de relacionamento amoroso moderno, o famigerado FICAR, está se transformando na primeira etapa de ingresso no bloco do eu só... A partir daí, está sendo formada a geração dos sem referências na convivência a dois de forma duradoura e definitiva... Alguns adultos foram na onda do FICAR e após os primeiros passos nessa estrada, perceberam que realmente FICARAM PARA TRÁS e, não haveria como retornar... AGORA, como não adianta chorar pelo leite derramado, precisam manter as aparências de que tudo estaria normal...

Certamente, a melhor forma de cultivar relacionamentos saudáveis continua sendo o modelo antigo: Quando o ser ainda era uma opção considerada, em lugar do ter... Até mesmo entre membros de igrejas cristãs se acha que, quando o amor acaba a pessoa estaria livre...

Entendemos que, após tantos altos e baixos, nós cristão PRATICANTES, precisamos examinar cada caso de forma separada... Afinal, como dizem que todo extremo é perigoso, da mesma forma que alguma escolha precisa ser revista com o objetivo específico de saber se no caso de separação conjugal, não estariam sendo considerados apenas interesses (nem sempre legítimos) da parte interessada na separação... Vale salientar que algumas vezes, nada tem sido avaliado se o namoro atenderia algum interesse além do imediatismo do sensualidade ou relações sexuais...

Alguns leitores poderiam alegar que estaríamos vendo chifres em cabeça de cavalo; Mas, quando penso nas crianças atiradas por janelas, fetos de abortos em clínicas ilegais ou crianças (em sacolas de lixo) atiradas nas lagoas, abandonadas nas calçadas ou lixões, nas esquinas da vida... VEMOS que nossa preocupação tem fundamentos éticos e morais na caminhada em busca de uma sociedade menos desumana...

A melhora na qualidade das relações humanas – Aspecto inerente à essa existência que tem sido colocado num patamar inferior, precisa ser repensada como algo essencial a continuidade da própria espécie humana...

Entendemos que, após a primeira metade do século passado, ficou constatado um certo atraso no ritmo de alguns indicadores sócio–econômicos; contudo, após a recuperação desses índices, estava subentendido um retorno ao ritmo normal do desenvolvimento sócio–econômico... Jamais pensávamos na adoção imediata de modismos, segundo os quais, deviam serem adotados o perfeccionismo, o pragmatismo e outros ismos que infernizam a existência...

Assim, alcançamos o estágio confuso onde o grande avanço no desenvolvimento cientifico e tecnológico é obrigado a conviver (por livre e espontânea pressão) com índices de pobreza e miséria absolutos, quando crianças são obrigadas (até mesmo por causa das circunstâncias) a se prostituírem na calada da noite ou no barulho do dia...

Chagas dhu Sertão
Enviado por Chagas dhu Sertão em 26/02/2010
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