O Tempo
O tempo é uma coisa engraçada, quando estamos no ventre da nossa mãe, não vemos a hora de sair daquele aperto e poder ver o mundo. Quando crianças contamos nos dedos quanto tempo falta para chegar o nosso aniversário ou o início do ano para comprarmos o material escolar.
Já na adolescência a coisa é bem diferente: para os meninos é uma correria diária para o espelho pra vê se a barba cresceu. No caso das meninas o problema são os seios, é a verdadeira corrida para o uso do sutien.
E o tempo passa...passa...passa
Vem o vestibular e os namoricos. E os adolescentes querem logo atingir a maior idade: objetivando o que nós ouvimos todos os dias MORAR SOZINHO. Se tudo fosse assim tão fácil seria muito bom, não é mesmo?
O mundo da imaginação não tem lei, não tem regra. É engraçado como viajamos e sonhamos com um mundo perfeito e nem nos tocamos do quanto a vida é difícil. Não importa se somos crianças, adolescentes ou adultos, sempre vamos cair na tentação de sonhar com um tempo perfeito.
E o tempo? Continua passando...
Quando chegamos na fase adulta, as preocupações se tornam mais evidentes em nossas faces: AS RUGAS (as inimigas nº 1 do universo feminino). Engordamos, emagrecemos, casamos, temos filhos e começa tudo outra vez...Ajudamos nosso filhos a acelerar o tempo assim como nossos pais fizeram conosco.
E o tempo não para... chega a menopausa, a andropausa e a tão esperada aposentadoria. E o tempo não para...vêm as doenças e as dificuldades. E é diante dessas situações quando nos encontramos debilitados que finalmente ansiamos pelo encerramento do nosso ciclo na terra. E os nossos filhos, netos, bisnetos continuam no seus ciclos, vivenciando um tempo de cada vez e deixando registrado na história uma vida de aventuras, conquistas, medos, problemas, felicidades, perdas e saudades.
Ah o tempo... tempo que a gente nunca esquece, tempo que queremos recomeçar, tempo que não volta mais....