O que aprendi com uma gaivota

Para os mais desavisados pode parecer banal. Onde se pode chegar observando “loops” de uma gaivota desgarrada?! Numa análise realmente interessada e cuidadosa, mostra-se uma metáfora magistral acerca de nossa própria rotina de vida.

Nenhum ser humano detém verdades melhores nem piores que as de seus semelhantes. No entanto, quando se desgarram de seu “bando” para se tornar “doutores”, muitos nem querem mais voltar. Gaivotas desgarradas são – e precisam ser – determinadas, pois perderam o amparo de seu bando. Dada a determinação que a solidão impõe, chegam a aprender “loops” fenomenais, que seus antigos companheiros nem sonhariam. Mas, se os reencontrarem, invariavelmente se alegrarão.

Impressiona observar a persistência de uma gaivota solitária e machucada. Ela sabe de suas limitações, mas de modo algum se conforma com elas. Tal como esta gaivota, creio que se de fato quisermos podemos sair diretamente do chão para mirar novos horizontes e alçar vôos muito, muito mais altos.

O real “pulo do gato” é, portanto, nos fazer pensar que a vida pode ser muito mais do que aquele nosso “mundinho” cotidiano e que, mesmo sabendo de nossas imperfeições, muros na estrada não podem ser abismos a nos separar de nossos sonhos.