Um homem de palavra.

Estavam casados há mais de cinqüenta anos. Entre os dois havia profundas diferenças. Ela firme em suas convicções reencarnacionistas, e ele ateu.

Velho e doente ele promete: _ Se eu chegar a algum lugar após a morte voltarei pra lhe dar um sinal.

Ela fez um muxoxo e continuou tricotando pros pobres. Não disse, mas pensou: “Duvido que tenha permissão”!

Duas semanas depois, ele foi internado num asilo e faleceu em dois dias. Como prometera: -Podem me levar, mas vou escapar de alguma forma.

Ao ensacarem os objetos pessoais do falecido perceberam que a sua aliança de casamento, há anos no seu criado mudo, havia ganho novo formato: de oito.

Anita D Cambuim
Enviado por Anita D Cambuim em 08/04/2010
Reeditado em 09/04/2010
Código do texto: T2185150
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