ABORTO- Justificando um crime


     Quero humildemente colocar meu ponto de vista sobre as justificativas apresentadas por alguns homens e mulheres, a respeito do aborto; um crime sem oportunidade de defesa pela vitima. Um crime bárbaro, em que o agente usa dos meios mais terríveis para lograr êxito na sua execução; esquartejando e tirando a vida de um inocente,cuja única culpa é tentar nascer. No meu entender espiritual: nada justifica tal ato criminoso; nem o argumento da provável mãe; nem o clamor de alguns a favor do direito de escolha quando a fonte geradora for, por exemplo: um estupro.

    Ao estuprador,as penas brandas da lei; a vitima,as seqüelas; ao fruto, a pena de morte, sem direito de ser ouvida...sem defesa! Quem somos nós afinal para determinar quem deve nascer ,viver, ou morrer antes disso? Falar é fácil dirão alguns, mas tomar a atitude correta é bem mais difícil dirão outros; errar é humano direi e afirmarei. Por acreditar na alma e na certeza da nossa ignorância posso afirmar: não somos deuses para determinar quem vive ou quem morre; temos pretensão, mas não somos.
   Quando leio algumas justificativas a respeito, é que passo a entender um pouco melhor essa nossa imperfeição materialista, onde buscamos justificativas das mais cruéis, para cometer crimes de todos os tipos e que em sua maioria podem ser classificados de hediondos; citando apenas como exemplo:as mortes em nome de Deus nas cruzadas, e que continuam nos dias de hoje, principalmente nos países islâmicos.
 Aplaudo pois a Igreja Católica por sua determinação em não aceitar em hipótese alguma a legalização do aborto. Sou Espírita, sou Cristão e não posso aceitar também nenhum dos argumentos, a não ser aquele em que há a possibilidade de morte da mãe.
 O culpado  é o estuprador e o estado que possibilitou sua impunidade, nunca o ser gerado. Esse deve ser adotado e mantido pela sociedade, que por não saber ; ou não querer se incomodar nada fez, se tornando omissa e muitas vezes covarde, pois por ter medo das represálias preferiu ficar quieta.
   As marcas da violência irão ficar na mulher,vitima dessa impunidade, mas e o crime cometido contra o feto,a vida ceifada,em que conta será creditada? E quem prestará contas ao criador por tão bárbaro crime?
   Se a mãe não quer o filho, que seja indenizada por quem não soube protegê-la: a sociedade . Que o filho gerado seja adotado por essa mesma sociedade e quem sabe não venha a surpreender o mundo com sua inteligência e individualidade, porque é o que realmente somos: seres únicos, espíritos em busca da perfeição e da expiação.
 
  Escrevi esta crônica, após ler um dos articulistas de maior renome em meu estado ,do Rio Grande do Sul, tentando justificar o injustificável.  
Gildo G Oliveira
Enviado por Gildo G Oliveira em 12/04/2010
Código do texto: T2193020
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