INDIGNAÇÃO E DOR... É O QUE SE SENTE QUANTO A ENCHENTE NO RJ

Fico indignada e triste

Ao constatar... toda essa catástrofe

Um acontecimento decisivo

Que nos remete ao final

De uma tragédia.

Fato que pairou sob as nossas cabeças.

Falo das enchentes

No qual fomos cometidos

Nós... cidadãos

Da cidade do Rio de Janeiro

Se a natureza é implacável

Os governantes nossos algozes.

Vivemos um dilúvio

Que até então

Só conhecíamos

De passagem na bíblia

Onde Noé

Salvou todas as espécies

O que não foi o nosso caso.

Isto não se estendeu a nós

E muitos inocentes

Desceu morro a baixo...

Junto com a terra e água

Fomos lançados à sorte

Entre a vida e a morte

Aonde vai a impunidade

Digo... Até exalar o último suspiro

Mas quão solidários

É o povo brasileiro

Noé da vida!

Que arriscaram suas próprias

Numa busca incansável

Na tentativa de salvar

Quantas vidas foram possíveis.

Nossos governantes

Aparecem engravatados

E dizem estar comovidos

Com toda essa desgraça

Deveria lançar suas mãos à massa

E sentir bem de perto

A dor dos menos favorecidos

Em busca dos seus entes queridos

Mas com certeza...

Não arriscariam a tal ponto

Suas vidas.

Eles não são vítimas

Destas enchentes malditas

Seus familiares estão seguros

Graças a Deus!

Em alguma mansão

Da cidade

Assumem crescimento

De comunidades desgovernadas

Que irão tomar providencias

Quando antes...

Deveriam ter feito.

É o que não tem remédio... Remediado estar

Agora pergunto eu

Quem devolverá a vida

De tantos inocentes

Vitimas do acaso

Do descaso

Vitimas de nossa economia

Mal distribuída

Vitimas da dor

Pois aqueles

Que por nós foram escolhidos

Que deveriam respeitar

Nosso direito a moradia

Nos deixa viver

Numa situação

De modo desumano

Feito bichos

E depois inventa

Eu não sabia... De novo lamenta

Quanta hipocrisia!

No momento da dor

Ainda tem os aproveitadores

Verdadeiro sangue suga

Querendo cobrar

O que nos é por direito permitido

Dar um enterro digno

Aos nossos parentes e amigos

Parabéns!

Aos nossos bombeiros

Voluntários

Solidários

Anjos de nossa vida

O que todos almejam

É o bem comum

Que deve estar acima

De interesses políticos

E projetos pessoais

O recurso publico

É nosso

Designados as obras sociais

Acima de idiossincrasias

De alguns candidatos.

Enquanto autoridades locais

Batem cabeças

Sem saber o que fazer

Contamos com a união

Mutirões comoventes

Uma ação decisiva no momento

Vital aos nossos sobreviventes

Cristina Siqueira
Enviado por Cristina Siqueira em 14/04/2010
Reeditado em 14/04/2010
Código do texto: T2195632