Se conselho fosse bom, não se dava se vendia.

Ultimamente o que mais vejo são as pessoas palpitando sobre a vida alheia: coma menos, viaje mais, malhe bastante, beba água, vista roupas mais ousadas, corte o cabelo, enfrente seus medos, dirija ao invés de ser carona, não se apegue, estude, beba mais, saia mais, fale menos...

Mas não vejo ninguém elogiando ninguém: que linda sua roupa, você é tão inteligente, você vai conseguir tudo que almeja, valeu por ter trabalhado até tarde, obrigada pela ajuda, você é bela naturalmente, só você mesmo que poderia ter me dado aquela dica...

É fácil enfatizar os defeitos das pessoas e ignorar suas qualidades. Afinal, ser "perfeito" é uma obrigação e não mérito, não é verdade?

Tudo isso nos coloca para baixo, pois é impossível ser uma pessoa de acordo com os ideais que a sociedade nos impõe. Nessa busca pelo que seria o "modelo" esquecemos quem realmente somos. Perdemos o foco, o rumo de nossas vidas.

O que esquecemos nessa estória toda é que o que é bom para um, nem sempre é bom para outro: a roupa sexy da sua amiga não é a que combina com você, o carro maneiro que seu amigo tem não é o que você curte, o restaurante que seus amigos freqüentam, não é o que agrada ao seu paladar...

E muitas vezes, por medo de sermos rejeitados pela sociedade, acabamos por fazer coisas que não queremos fazer ou não nos deixa confortáveis.

Parece que só é certo, fazer o que a "sociedade" aprova. E se você quiser ser você, acaba se sentindo como se fosse a rebelde, ovelha negra.

Não estou dizendo que façamos coisas para magoar as pessoas ao nosso redor. Pelo contrário, é simplesmente sermos quem somos e a sociedade que nos respeite! Quem não gostar que reveja seus conceitos!

Então se lhe agrada, largue o salto e vá de all star!

Publicado no blog http://engracadosenaofossetragico.blogspot.com

Priscilla Mansur
Enviado por Priscilla Mansur em 02/05/2010
Reeditado em 03/06/2010
Código do texto: T2233020
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