Segundo casamento

Iris era uma pessoa mesquinha, não conseguia disfarçar quando tinha uma crise. Ela não teve irmãos, tudo que recebeu da vida era exclusivo. Sempre se sentiu uma pessoa única entre as demais.

Na fase adulta casou, teve filhos, os criou, ficou viúva. Íris nao pretendia casar-se novamente, mas não resistiu compartilhar uma nova vida com um viúvo que conheceu. Tinha ciúmes dos filhos do segundo marido. Por mais que não desejasse este sentimento mesquinho, não conseguia controlar-se.

Certo dia estava pensativa, refletindo no passado, em sua vida, era um dia negativo para ela. Na hora da refeição serviu-se do seu peixe, do pão, do vinho, faltou o limão para complementar o prato. Quando abriu a geladeira percebeu que o limão tinha acabado, ficou furiosa.

Resmungou repetidas vezes, afirmando ser necessário cadeado, etc. esquecendo que seu marido amava os filhos, que não tolerava agressões verbais contra eles, o problema era o ciúme doentio, nao o limao. Todas as vezes que ocorria algo esposo era tolerante, mas desta vez ela superou o limite.

O esposo relembrou diversas situações anteriores, em que Íris demonstrava sua maldade. Terminou seu descontentamento com uma ultima frase:

- Se fosse seus filhos ou seus netos, certamente não se incomodaria tanto com a falta deste limão, e de tantos outros detalhes. Você vê defeitos apenas nos outros, esquece que em sua família também existe falhas, problemas.

Intimamente Íris concordou com tudo que seu esposo lhe disse, mas não reconheceu sua falha. Tantas vezes se repetiu a mesma situação, que Íris ficou sozinha.Não suportaram o mau humor e mesquinharia dela.

O esposo preferiu descasar, ficar em paz!

Marina Gentile
Enviado por Marina Gentile em 13/05/2010
Reeditado em 15/05/2010
Código do texto: T2255057
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